Brasil dá o troco e vence a Polônia na Liga Mundial

A seleção brasileira chegou a sua quarta vitória em cinco partidas na competição (fotos: FIVB)

Naquela que foi sua melhor partida até aqui na Liga Mundial 2017, a seleção brasileira de vôlei masculino superou a Polônia por 3-1 (25-21, 25-20, 17-25, 25-19), em Varna, na Bulgária, devolvendo a derrota para o time do leste europeu, que havia vencido a equipe comandada por Renan Dal Zotto por 3-2 na estreia no torneio. Foi a quarta vitória do Brasil em cinco partidas. O time já está classificado para as finais como país-sede, pois a competição será decidida em Curitiba, na Arena da Baixada, de 4 a 8 de julho. Neste domingo, às 14h40 (horário de Brasília), com transmissão do SporTV, os brasileiros enfrentam os búlgaros, no encerramento da segunda semana da Liga Mundial.

Siga @saidaderede no Twitter
Curta o Saída de Rede no Facebook

O saque foi a chave para a vitória brasileira, facilitando a atuação do bloqueio, que se pontuou pouco (foram seis contra 12 dos poloneses), foi essencial no seu posicionamento para tornar as ações da defesa mais eficientes. É importante lembrar que essas são as primeiras partidas da seleção brasileira na temporada – os poloneses fizeram, antes do torneio, amistosos contra Irã, Canadá e Austrália – e que a equipe ainda está sujeita a alterações constantes no ritmo de jogo. Isso pôde ser visto, por exemplo, quando após rodízios excelentes, mesmo sob pressão do agressivo saque polonês, o time brasileiro errou bolas fáceis, como ocorreu no final do primeiro set – o Brasil liderava a parcial com vantagem de oito pontos, mas permitiu que a Polônia se aproximasse no placar – e ficou mais evidente na derrota na terceira parcial.

O oposto Renan Buiatti foi o maior pontuador do jogo, marcou 18 vezes diante dos poloneses

Renan Buiatti se destaca
Assim como na vitória de 3-1 sobre o Canadá na véspera, o oposto Renan Buiatti foi o principal nome do Brasil no ataque, deixando a quadra como principal pontuador da partida diante dos poloneses, marcando 18 vezes (confira os números). O titular da posição na primeira semana, Evandro Guerra, sofreu um estiramento na panturrilha antes de enfrentar os canadenses e está sendo poupado. Segundo a comissão técnica brasileira, a lesão é de baixa gravidade, mas não há previsão sobre o retorno do atacante.

O líbero Thales, outro destaque, se recupera de uma pequena lesão no ombro, resultante de um choque com o ponteiro Maurício Borges na terceira partida da seleção, na semana passada, contra a Itália. No caso de Thales, que vem jogando normalmente, há apenas um incômodo, que limita certos movimentos, como o peixinho. É justamente a dupla Borges e Thales que tem sido responsável pelo bom desempenho da linha de passe do Brasil na Liga Mundial. O outro líbero, Tiago Brendle, tem entrado na virada de bola do adversário.

O levantador Bruno Rezende fez boa partida, distribuindo bem, sem sobrecarregar nenhum atacante.

O ponta polonês Bartosz Kurek tenta marcar uma jogada do levantador Bruno Rezende

Retorno de dois campeões olímpicos
Para a terceira semana da Liga Mundial, em Córdoba, na Argentina, o Brasil deverá contar com mais dois campeões olímpicos na Rio 2016: o oposto Wallace e o ponta Lipe – ambos haviam recebido folga do técnico Renan Dal Zotto após a temporada de clubes. Na Argentina, além dos anfitriões, a seleção brasileira enfrentará a Bulgária e a Sérvia – esta última a atual campeã da Liga Mundial.

A Polônia veio quase completa para a partida, com a ausência apenas do ponteiro Michal Kubiak, que havia sentido dores no joelho durante o jogo da véspera, quando sua equipe perdeu para a Bulgária por 2-3 – na ocasião, Kubiak deixou a quadra no terceiro set e não retornou mais.

Vacilo da arbitragem
A nota negativa do confronto entre Brasil e Polônia vai para a arbitragem. Os responsáveis pela operação do desafio em vídeo demoravam mais do que o habitual para avaliar os lances, retardando a partida. Como se não bastasse isso, o árbitro principal, o italiano Fabrizio Saltalippi, ignorou o resultado do video check que apontou como fora, sem toque no bloqueio, um ataque de Renan Buiatti na reta final do primeiro set, prejudicando os poloneses.