Cartão ou conta conjunta: coisas que os casais devem pensar antes de fazer
Conta corrente, cartão de crédito, negócio próprio... Não é porque você assinou a certidão de casamento que está automaticamente apto a dividir esses aspectos da vida com o cônjuge. Há quem, mesmo depois de anos de união, opte por manter tudo bem separado. Sinais de um relacionamento superficial? Não se apresse em julgar. Pode ser exatamente o contrário.
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“Não existe um certo para todo mundo. Antes de fazer esse tipo de coisa é preciso conversar muito, porque, caso contrário, o que não é dito passa a tomar conta da relação”, afirma a psicóloga Gabriela Malzyner, mestre em psicologia pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo.
O que Gabriela quer dizer é que há que se combinar o jogo: pode-se gastar livremente ou é preciso comunicar o outro previamente? Os dois colocam a mesma quantia, no caso da conta conjunta? Dividem a fatura do cartão meio a meio? Que papéis terão ao gerenciarem juntos uma empresa? Essas e outras perguntas têm de ter respostas claras. Nada de achar que o outro tem de adivinhar seu pensamento.
Conflitos
A psicóloga e terapeuta de casais Denise Miranda de Figueiredo, cofundadora do Instituto do Casal, em São Paulo, diz não ver problema que esse diálogo aconteça à medida que o casal experimente compartilhar esses aspectos da vida.
“Às vezes, as pessoas precisam fazer o caminho caminhando, para que entendam os limites e os códigos que vão ter de construir”, fala a especialista.
Para Denise, divergir nesse processo não é completamente ruim. “A questão é o que se faz com o conflito.” Também é preciso estar aberto a rever posições. “O que funcionava antes de se ter filhos pode não funcionar mais quando se tem”, completa a terapeuta de casais.
Individualidade
Segundo Gabriela, o principal problema é quando os casais agem no automático, sem considerarem suas histórias individuais. “Tem quem case e pressuponha que formou uma única pessoa com o par. Pensar assim dá margem para muitas dificuldades.”
Para Denise, não há nada de errado naqueles casais que decidem manter a individualidade financeira.
“Precisa haver respeito sobre a forma como cada um funciona, como cada um lida com dinheiro.” Reconhecer isso é sinal de uma relação madura.
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