Se por décadas o futebol dos Balcãs ficou conhecido como o "Brasil europeu", por conta da qualidade técnica dos jogadores, é possível dizer que a atual Suíça bebe muito dessa fonte. Desses 15 "estrangeiros" da seleção, sete tem raízes familiares com países que compunham o bloco iugoslavo, entre eles os dois mais famosos.
Granit Xhaka, volante do Arsenal, é suíço de nascimento, filho de pais albaneses e com ancestrais de uma região hoje pertencente à Sérvia. Jogador mais discreto, mas vital para o meio de campo da seleção, é quem tem o maior valor de mercado entre os convocados segundo o Transfermarkt, site especializado em transações: 40 milhões de euros (R$ 172,8 milhões). O meia-atacante Xherdan Shaqiri, o mais famoso, nasceu em Gjilan, no Kosovo. É jogador do Stoke City, recém-rebaixado no Campeonato Inglês, mas está próximo de se transferir para o Liverpool, atual vice da Liga dos Campeões.
Outro talento badalado do elenco, o lateral-esquerdo Ricardo Rodríguez, do Milan, nasceu na Suíça, filho de pai espanhol e mãe chilena. Já o jogador que é apontado como o futuro do país, Breel Embolo, de 21 anos, atacante do Schalke 04, é africano. Nasceu na República dos Camarões.
Um elenco respeitado, competitivo, mas que reunido não tem impacto em tempos de cifras tão inflacionadas do futebol atual. Também segundo o Transfermarkt, o valor de mercado dos 23 convocados da Suíça é de 218,1 milhões de euros (R$ 944,3 milhões). Equivale a menos de um Neymar, contratado pelo Paris Saint-Germain por 222 milhões de euros (R$ 961,2 milhões na cotação do dia).