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Ecclestone diz que nova F-1 é 'farsa total' e critica mudança de motores

Do UOL, em São Paulo

31/01/2014 09h58

O inglês Bernie Ecclestone, afastado recentemente do conselho de diretores da Fórmula 1 após enfrentar acusações de suborno na Justiça, disparou contra a mudança dos motores da categoria, que deixaram o V8 para chegar ao V6 e classificou os testes de Jerez de la Frontera, que acontecem nesta semana, como “farsa total”.

Em entrevista ao jornal Daily Mail, o dirigente citou os problemas enfrentados por equipes como Red Bull e Ferrari, que tiveram panes em seus carros no meio da pista do circuito espanhol. A equipe austríaca, atual tetracampeã da Fórmula 1 com Sebastian Vettel, mal conseguiu andar nos testes, completando apenas 14 voltas nos três primeiros dias.

“Eu disse que isso iria terminar assim, uma farsa total. Eles [FIA e as equipes] insistiram nesses novos motores. Se eles procuravam correr assim, deveriam ir para Le Mans”, provocou o chefe da Fórmula 1 nas últimas quatro décadas.

Ecclestone não perdoou nem o argumento de que as equipes buscam economia de combustível com os novos motores.

“Eles falam sobre gastar menos combustível. Eles não precisavam de novos motores para fazer isso. Poderiam ter motorhomes menores, aí eles não precisariam de tantos caminhões para viajar pela Europa. A Mercedes está levando 23 caminhões com ela em todo lugar. Se eles realmente quisessem economizar combustível, parariam com isso”, afirmou o dirigente.

O som dos novos carros também foi motivo para queixas de Ecclestone. “As pessoas querem barulho, algo especial, a Fórmula 1 é isso, e agora nós temos carros silenciosos e ninguém no circuito”, criticou.

Os primeiros dias de testes em Jerez mostraram um domínio claro das equipes com motores Mercedes, seguidas de perto pela Ferrari. Os times que usam motores Renault, como a Red Bull, não conseguiram bons resultados.

As mudanças de regulamento tiraram dois cilindros dos motores, em relação ao ano passado, e reduziram em cerca de 150 cv a potência dos motores, que deixaram de ser aspirados para retornar ao turbo depois de 25 anos.

Os novos motores passam a ser de 1,6 litros, contra 2,4 dos modelos usados até 2013. Em 1989, na primeira temporada após o fim do turbo na categoria, os motores eram liberados para ter até 12 cilindros, embora muitas equipes optassem pelo V10.

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