Lesão que tirou Bottas de GP muda rotina do piloto para o resto da carreira

A lesão que tirou Valtteri Bottas do primeiro GP da temporada da Fórmula 1, ainda em março, continua dando dor de cabeça ao piloto da Williams. Mesmo garantindo que não sente mais dores nas costas, o finlandês reconheceu que terá de fazer um treinamento específico por toda a carreira para evitar maiores problemas.

Bottas sentiu a lesão nas costas durante a classificação para o GP da Austrália e, por recomendação médica, não participou da prova. O companheiro de Felipe Massa teve um rompimento parcial do parte anular do disco vertebral. Porém, com a modificação de seu assento e da posição dos pedais, pôde retornar ao cockpit da Williams na corrida seguinte, na Malásia.

Porém, para evitar que o problema se repita, Bottas passou a fazer um fortalecimento muscular específico para a região, a fim de criar uma melhor sustentação para os discos vertebrais. “Ainda estou fazendo exercícios específicos para a lombar por três a quatro vezes na semana”, revelou o piloto à Autosport. “Acho que vou continuar com isso por toda a minha carreira para me certificar que o problema não vai reaparecer.”

O quarto colocado no campeonato admitiu que a preocupação é constante. “O tempo todo você ficam pensando se as costas vão aguentar ou não, e isso não é fácil. Mas acho que depois daquela classificação tudo correu bem, não tive mais problemas.”

Lesões na região lombar não são raras em pilotos da Fórmula 1, devido à posição em que os pilotos ficam em seus assentos, com as costas curvadas para frente, e não eretas como em um carro normal. Além disso, para evitar sobrepeso no carro, os assentos são pouco acolchoados e são posicionados bem próximos do assoalho do carro, colocando bastante estresse na lombar dos pilotos. Outro finlandês, Kimi Raikkonen, inclusive passou por uma operação no local ao final de 2013 para tratar de uma lesão antiga.