Ferrari domina pré-temporada, mas segue sem saber se pode bater as Mercedes
Apostando em modificações extensas no carro e no motor para rivalizar com a Mercedes na temporada 2016, a Ferrari liderou cinco das oito sessões de testes da pré-temporada e se diz pronta para desafiar os atuais bicampeões mundiais.
"A primeira impressão do carro foi boa, e tudo o que veio depois também", declarou Vettel. "Estamos contentes com o passo que demos e também com onde estamos. O objetivo era diminuir a diferença para a Mercedes. Começamos a fazer isso ano passado. Com o carro novo, demos outro passo. Se foi o suficiente, veremos na Austrália."
No que depender da opinião de Nico Rosberg, a Mercedes já tem motivos para começar a se preocupar. "A Ferrari foi muito rápida. Todas as equipes têm seus estrategistas, então sabemos mais ou menos o combustível que eles estavam usando e sabemos o nosso, então entendemos mais ou menos onde estamos. Sabemos que está perto, mas não temos certeza se estamos na frente ou atrás", disse o piloto do time alemão.
Ao contrário dos rivais, que se focaram em simulações de corridas e usaram prioritariamente os pneus médios, mais lentos, a Ferrari mesclou os ensaios de GP e de classificação, utilizando todos os tipos de compostos. Assim, os pilotos da Scuderia fecharam o teste com alguns dos melhores tempos estabelecidos na pré-temporada.
A melhor marca nos novos pneus ultramacios, por exemplo, ficou com Kimi Raikkonen e foi quase meio segundo mais rápida que a rival que aparece mais perto do time italiano, a Williams. Já com o supermacio, Sebastian Vettel foi o melhor e colocou oito décimos em Felipe Massa. Com os macios, a diferença foi menor: Raikkonen fez a marca mais rápida, 13 milésimos melhor que a Mercedes de Nico Rosberg (na única saída com esse tipo de pneu do time alemão) e com menos de dois décimos de vantagem para Massa.
A pouca quilometragem da Scuderia em relação à Mercedes também preocupa: a Ferrari perdeu tempo com problemas relacionados a sua unidade de potência, que sofreu alterações no posicionamento dos componentes. Assim, o time foi apenas o quarto em termos de quilometragem, perdendo para Mercedes - que passou dos 6000km percorridos nos testes e superou a Scuderia em mais de 2000km - Toro Rosso e Williams. Porém, o chefe da equipe, Maurizio Arrivabene garantiu categoricamente que “a Ferrari não tem um problema no motor”.
Sem ter comprovado como será o rendimento do carro frente à Mercedes, cabe à Ferrari esperar até o início da temporada, dia 20 de março, no GP da Austrália.
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