Temendo perder terreno, Mercedes e Ferrari podem barrar proteção no cockpit
A introdução de uma proteção no cockpit da Fórmula 1 pode ficar para a temporada de 2018, segundo a imprensa especializada espanhola. O entrave seria o conflito de interesses entre Mercedes e Ferrari, que preferem a solução chamada halo, e a Red Bull, que defende a aerotela.
A Federação Internacional de Automobilismo, porém, está decidida a introduzir a novidade já na próxima temporada e colocou o prazo de 1º de julho para a definição de que tipo de proteção será utilizada.
O halo, que foi testado pela Ferrari na pré-temporada, é um conceito desenvolvido dentro da Mercedes e, por isso, é defendido por ambas as equipes. A aerotela, por sua vez, é um projeto da Red Bull e foi usada pela primeira vez nos treinos livres do GP da Rússia, no último final de semana.
A proteção deverá ser testada na pista outras duas vezes, nas etapas da Espanha e de Mônaco, como adiantou em entrevista coletiva na Rússia o diretor de provas da F-1, Charlie Whiting. “Somos otimistas e acreditamos que podemos encontrar alguma solução para evitar reflexos [para a aerotela]. Entendemos que pode ser muito difícil quando há edifícios altos, árvores, muito sol, esse tipo de efeito que é mais provável em pistas como Mônaco ou Monza, onde há mais fatores naturais.”
Como a aerotela foi mais bem recebida pelo público e profissionais da F-1 do que o halo, a possibilidade de que esta seja a opção escolhida é maior no momento. Isso, contudo, preocupa Mercedes e Ferrari, que acreditam que a Red Bull teria vantagens aerodinâmicas por ter mais detalhes do projeto. Com as mudanças já acordadas para a próxima temporada, que incluem medidas para equalizar o rendimento dos motores, há o temor dos rivais de que os tetracampeões mundiais entre 2010 e 2013 ganhem muito terreno.
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