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Massa diz que seria 'triste' Brasil sair da F-1 e faz comparação com surfe

Dan Istitene/Getty Images/AFP
Imagem: Dan Istitene/Getty Images/AFP

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Barcelona (ESP)

05/07/2016 06h00

A possibilidade existe, ainda que seja o pior cenário possível para a presença brasileira na Fórmula 1 em 2017: nenhum piloto no grid e sem o GP do Brasil no calendário. Tanto Felipe Massa, quanto Felipe Nasr, têm contratos até o final desta temporada e trabalham para conseguirem encontrar assentos competitivos para a próxima temporada, enquanto os organizadores da etapa brasileira, ainda que tenham um contrato em vigor, vêm sendo pressionados pelo promotor da categoria, Bernie Ecclestone, para que apresentem garantias financeiras de que poderão arcar com os custos da prova do ano que vem.

Além de Massa e Nasr, o piloto que estaria mais próximo de entrar na F-1 seria Sergio Sette Câmara, que disputa a F3 Europeia e faz parte do programa de desenvolvimento de pilotos da Red Bull. O mineiro vai, inclusive, testar pela Toro Rosso na próxima semana, em Silverstone, mas ainda não se sabe se sequer será aberta uma vaga na equipe, que já confirmou Carlos Sainz para o ano que vem. Os dirigentes tanto do próprio time italiano, quanto da Red Bull, vêm defendendo a permancência do outro piloto do time, Daniil Kvyat e, ainda que o russo seja substituído, a marca austríaca não deu nenhum indicativo de quem seria seu substituto direto.

Ainda que não esteja trabalhando com este cenário negativo, negociando com a Williams e outras equipes sua permanência no grid, Felipe Massa sabe que a possibilidade da pior situação possível para o Brasil existe.

“Seria algo, na minha opinião, triste não ter piloto brasileiro correndo na F-1 e nem GP do Brasil - e espero que isso não aconteça. Mas se acontecer, claro que vai ser triste para o automobilismo mundial e para o Brasil também”, opinou o piloto, ouvido pelo UOL Esporte.

Para Massa, a ausência do país na categoria traria consequências sérias para o interesse dos torcedores, mesmo sendo um esporte tradicional há décadas no país.

“Brasileiro está preocupado em ver esportes com outros brasileiros competindo. Para falar a verdade, eu nunca tinha visto surfe na minha vida e hoje em dia eu até assisto porque tem brasileiro lá. Nós somos assim.”

O piloto da Williams lembrou ainda que a atual situação acaba sendo um reflexo de anos de descaso com a formação de pilotos no país.

“Sabemos que temos uma crise no automobilismo faz tempo e se acontecer esse resultado final, também vem disso. A base é sempre importante para qualquer país.”

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