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Fórmula 1

Massa garante não guardar mágoas por críticas: 'Orgulho imenso do Brasil'

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Monza (Itália)

01/09/2016 14h46

Em seus quase 250 GPs na Fórmula 1, número que completará justamente em sua última corrida, em Abu Dhabi, Felipe Massa teve 11 vitórias e 41 pódios. Porém, especialmente nas últimas temporadas, em que passou em branco, o brasileiro foi constantemente bombardeado por críticas da imprensa e da torcida nacional.

Falando após anunciar que faz sua última temporada na categoria, Massa não demonstrou mágoa em relação aos críticos e reforçou seu prazer em correr pelo Brasil.

“O Brasil sempre foi um país em que se cobrou demais e as pessoas acabam fechando os olhos para quem você é, aquilo que conquistou, onde você chegou e o que você representa”, disse o piloto de 35 anos ao UOL Esporte. “Talvez existam países em que as pessoas vejam de forma diferente. Mas nunca liguei para o que eu li. Eu sei como o Brasil funciona.”

Massa lembrou que, recentemente, os brasileiros mostraram uma outra face de seu jeito de torcer. “As Olimpíadas foram um momento em que vimos que o Brasil pode comemorar mesmo quando não há vitórias. Foi um exemplo para mostrar que o brasileiro tem a cobrança, mas sabe torcer”, disse. “Tenho um orgulho imenso de ser brasileiro e de ter levantado a bandeira do meu país várias vezes e de ter gerado alegria para as pessoas. Para mim, isso me deixa emocionado. O mais importante para mim é ver o Brasil bem.”

O piloto também citou o país ao relembrar seus melhores momentos nos 14 anos em que foi titular na Fórmula 1. “O momento mais marcante para mim foi a vitória em Interlagos. Para um brasileiro, que sempre sonhou em chegar à F-1, vendo os pilotos nacionais e levantando a cada volta que Emerson, Nelson, Ayrton e o Rubinho passavam. Você chegar lá e vencer é incrível”, relembrou.

“Entre os momentos difíceis, sem dúvida a Alemanha [quando deixou Fernando Alonso ultrapassá-lo e vencer] foi difícil superar. O acidente [da classificação do GP da Hungria de 2009] também, mas não era minha hora e agradeço a Deus por toda a proteção que eu tive durante minha carreira. E o momento mais triste para mim foi Cingapura [em 2008] porque não foi um resultado real.”

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