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Fórmula 1

Chefe muda discurso e nome de Fernando Alonso ganha força na Mercedes

REUTERS/Nikola Solic
Imagem: REUTERS/Nikola Solic

Julianne Cerasoli

Do UOL, em São Paulo

06/12/2016 10h36

A busca pelo substituto de Nico Rosberg na Mercedes continua e o nome de Fernando Alonso vai ganhando força. Ainda que a McLaren garanta que tem um contrato ‘blindado’ com o espanhol até o final de 2017 e o próprio piloto não tenha se manifestado, o discurso do chefe da Mercedes, Toto Wolff, mudou nos últimos dias.

No final de semana, antes de se encontrar com os demais dirigentes e principais engenheiros da Mercedes, Wolff havia dito que não gostaria de interferir nos demais times grandes, citando nominalmente Alonso e a McLaren e afirmando que os rivais ficariam em sua situação difícil sem o espanhol, uma vez que seu companheiro ano que vem será o novato Stoffel Vandoorne.

Após a reunião, contudo, Wolff mudou de discurso. “Temos de considerar Fernando. Ele é um piloto que eu respeito muito, e combina talento, velocidade e experiência - ele tem tudo. Mas está sob contrato com a McLaren no momento. Só precisamos pesar todas as opções”, afirmou à Sky Sports britânica.

Do lado da McLaren, o novo CEO Zak Brown demonstrou confiança na permanência de Alonso. “Temos um contrato com Fernando e ele está muito feliz. Obviamente ele quer vencer corridas, assim como nós, mas não estou preocupado com este cenário. Estamos muito confortáveis com o que temos.”

Ex-piloto, atualmente comentarista da TV espanhola e amigo de Alonso, Pedro de la Rosa não está tão certo de que o compatriota ficará onde está em 2017. “Acredito que a Mercedes vá avaliar a situação contratual de cada piloto. E cada contrato é um mundo na F-1. Então creio que a possibilidade é de 50% de que lhe contratem. São os dois melhores do mundo [Alonso e Hamilton] e também são muito competitivos, o que pode pesar contra. Mas seria uma dupla excepcional.”

Alonso tem histórico de quebras de contrato, ambas acontecendo em comum acordo com seus times: ao final de 2007, saiu da própria McLaren tendo feito um dos três anos acordados e, na Ferrari, em 2014, também deixou o time antes do fim de seu contrato.

No caso de uma ida à Mercedes, Alonso reviveria a dupla com Lewis Hamilton, com quem teve problemas justamente na McLaren em 2007. De lá para cá, contudo, ambos fazem questão de se elogiarem em público e nunca esconderam o desejo de um tira-teima. Afinal, em 2007, terminaram empatados, com vantagem para o inglês nos critérios de desempate.

Mesmo com toda a expectativa para que Alonso faça dupla com Hamilton, contudo, as hipóteses mais plausíveis para a Mercedes são dar a chance a seu piloto do programa de desenvolvimento, Pascal Wehrlein, ou mesmo usar a parceria com a Williams para conseguir a liberação de Valtteri Bottas. Outro nome bastante comentado é o de Carlos Sainz, que não esconde a vontade de quebrar seu contrato com a Red Bull, uma vez que não vê oportunidades de subir ao time principal.

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