Carros compartilhados, oval e F-1 sem F-1: as maluquices da década de 1950
A Fórmula 1 hoje em dia é referência em tecnologia e inovação e transformou-se em um dos campeonatos mais lucrativos do mundo, com mais de um bilhão de dólares sendo ganhos pelos detentores dos direitos comerciais a cada ano. Porém, nem sempre foi assim. O mundial, que começou a ser disputado em 1950, teve de usar a criatividade para passar por seus primeiros anos.
Confira os fatos mais curiosos sobre a F-1 dos anos 1950:
1. As 500 Milhas de Indianápolis contavam para o campeonato
Até aí, tudo bem: a ideia era fazer um campeonato mundial e a prova norte-americana já era uma referência. O problema é que a grande maioria das equipe da F-1 não disputava as 500 milhas, o que gerava resultados bastante distintos do restante do campeonato. E não era por falta de vontade dos times: as corridas no oval e as disputadas na Europa tinha regulamentos completamente diferentes. Ainda assim, alguns pilotos como Alberto Ascari e Juan Manuel Fangio tiveram participações.
2. Os carros eram compartilhados
Corridas mais longas e pilotos menos em forma geraram um fenômeno próprio dos primórdios da Fórmula 1: os carros compartilhados por mais de um piloto durante uma corrida. Isso causou situações em que um mesmo piloto poderia ser segundo com um carro e terceiro com outro - e ganhava metade da pontuação correspondente a cada uma das posições. Até vitórias chegaram a ser compartilhadas por dois pilotos, em três ocasiões.
3. F-1 sem carros de F-1. Ou quase
A categoria dava seus primeiros passos quando se viu, logo em seu terceiro campeonato, com apenas a Ferrari como competidora séria. O jeito foi permitir que carros de F-2, com outro tipo de regulamento, disputassem as corridas para aumentar o número de participantes. É claro que a Ferrari levou os dois campeonatos disputados desta maneira - em 1952 e 1953 - com Alberto Ascari dominando totalmente as provas e construindo a primeira dinastia da categoria.
4. Alguns carros tinham os pneus cobertos
A Fórmula 1 nem sempre foi uma categoria em que os carros eram parecidos. Aliás, na década de 1950, nas pistas em que havia mais retas, os engenheiros preferiam que a carenagem cobrisse os pneus porque, como a aerodinâmica não era desenvolvida - os carros sequer tinham asas - eles observavam que, desta maneira, os carros eram mais rápidos.
5. A volta mais rápida dava pontos
Isso não é algo completamente fora do comum mesmo hoje em dia dentro do automobilismo. Porém, em se tratando da década de 1950, em que a cronometragem era feita manualmente e a contagem ia até os segundos - ao invés dos milésimos como hoje em dia - o que geralmente acontecia nas corridas daqueles tempos era a distribuição de pontos para mais de um piloto. Em uma ocasião, inclusive, no GP da Grã-Bretanha de 1954, nada menos que sete pilotos ficaram empatados com 1min50 e pontuaram por terem feito a melhor volta.
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