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Fittipaldi é embaixador em programa da FIA que pede redução de velocidade

Em 2012, Emerson foi ao Palácio do Planalto para apresentar campanha da FIA - Roberto Stuckert Filho/Presidência da República
Em 2012, Emerson foi ao Palácio do Planalto para apresentar campanha da FIA Imagem: Roberto Stuckert Filho/Presidência da República

Do UOL, em São Paulo

21/01/2017 04h00

Emerson Fittipaldi foi escolhido pelo prefeito de São Paulo, João Doria Jr. (PSDB), como protagonista de uma iniciativa de segurança no trânsito da cidade. Segundo a proposta, o bicampeão de Fórmula 1 (1972 e 1974) dará voz a uma campanha de divulgação das novas velocidades nas marginais da capital paulista.

As novidades seriam implantadas a partir da próxima quarta-feira (25), data de aniversário do município. Nas pistas expressas das marginais, os limites subiriam de 70km/h para 90 km/h; nas centrais, de 60 km/h para 70 km/h; e nas locais, de 50 km/h para 60 km/h. A única exceção é faixa mais à direita, que permanece a 50 km/h. Mas a mudança está interrompida, após uma decisão da Justiça (ver abaixo). 

A presença no programa de Doria vai na contramão da participação de Fittipaldi em um programa da Federação Internacional do Automóvel (FIA). Lançado em 2011, o FIA Action for Road Safety prega internacionalmente a segurança no trânsito, com medidas que incluem a redução de velocidade em grandes cidades.

“Desde seu lançamento em 2011, a campanha FIA Action for Road Safety tem sido entusiasticamente festejada pela comunidade do automobilismo e por figuras conhecidas, incluindo Sebastian Vettel, Emerson Fittipaldi, Michael Schumacher, Sébastien Loeb, Yvan Muller e Monisha Kaltenborn, que têm firmemente dado apoio à mensagem (…)”, diz texto publicado pela própria FIA em seu site oficial.

Segundo a campanha, “uma redução de 5% da velocidade média diminuiria o número de acidentes fatais em 30%”. A FIA ainda defende medidas contra o consumo de bebidas alcoólicas por parte dos motoristas e a favor do uso de equipamentos de segurança (capacete e cinto de segurança).

Programa de segurança da FIA - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

Em agosto de 2012, Emerson participou de um encontro com a então presidente da República, Dilma Rousseff, para divulgar a iniciativa que pode reduzir os acidentes fatais. Compareceram também ao evento o presidente da FIA, Jean Todt, e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon. “O Brasil está comprometido a esta ação para proteger vidas e reduzir acidentes de trânsito”, disse Dilma na ocasião.

Justiça barra aumento de velocidade

No fim da tarde sexta-feira, a Justiça de São Paulo proferiu liminar que impedia a Prefeitura de promover o aumento de velocidades máximas nas marginais A ação foi movida pela associação Ciclocidade (Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo) e questionava a ausência de critérios técnicos da Prefeitura para sustentar a medida.

Em outubro, após ser eleito, Doria admitia que o aumento da velocidade poderia ser restrito às marginais. Para o político tucano, a readequação das velocidades não afetariam a principal causa de acidentes de trânsito – segundo ele, o uso de celulares ao volante.

“Vamos manter e estudar caso a caso. Não sou contra redução de velocidade. Ela é construtiva, mas é preciso olhar. Por isso, nas marginais, tomamos essa decisão com base técnica", disse Doria em entrevista à Rede Bandeirantes. “O maior fator gerador de acidente é o uso de celular ao dirigir”, completou.

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