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Companheiro de Massa revela surpresa com nível de dificuldade da Fórmula 1

REUTERS/Brandon Malone
Imagem: REUTERS/Brandon Malone

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Melbourne (AUS)

28/03/2017 04h00

Se há algo que o companheiro de Felipe Massa, Lance Stroll, já percebeu em sua curta carreira na Fórmula 1 é que a categoria está a quilômetros de distância do campeonato da Fórmula 3, que disputou na temporada passada. O canadense de 18 anos reconheceu que tudo acontece mais rápido e que não é fácil se acostumar com a nova realidade.

“É um carro de Fórmula 1. A demanda física do carro é definitivamente mais intensa e, mentalmente, é uma besta para ser controlada. As velocidades de curva estão muito mais altas, as zonas de frenagem estão muito menores, temos de muitas vezes frear ao mesmo tempo em que fazemos a curva. As coisas acontecem muito mais rápido”, disse ao UOL Esporte na Austrália, onde fez sua estreia na F-1.

“É um grande passo [em relação à F-3]. Acho que o principal são as mudanças de nível de combustível, composto, modos de motor: sinto que é muito difícil voltar ao ponto do qual você saiu na última vez em que esteve no carro. É esperado que você ganhe 1s5 entre uma saída e outra dependendo da configuração pilotando da mesma maneira, mas também usando a vantagem de um pneu novo ou por ter menos peso. Não era assim na F-3 e acho que é a parte mais complicada.”

O plano inicial para a carreira de Stroll era fazer um ano na GP2, agora F-2, mas seu staff considerou que o piloto estava pronto para a Fórmula 1. No entanto, com a mudança no regulamento deste ano, os carros ficaram bem mais rápidos e o canadense vem tendo dificuldades.

“Quando você está com o controle do carro, eles têm muita aderência. Mas quando essa aderência vai embora, é muito difícil de recuperar. Nos carros dos últimos anos o limite ia mudando e você conseguia jogar com ele. Agora é difícil encontrar o equilíbrio sem perder o carro”, explicou.
Por conta disso, Stroll não considerou totalmente negativo seu final de semana de estreia, mesmo tendo abandonado o GP da Austrália com problemas em sua Williams depois de andar em ritmo 1s por volta pior que Massa.

“Eu não esperava competir com meu companheiro ou lutar por pódios. Eu vim para Melbourne pensando em ver onde eu estava, em ficar cada vez mais confortável com o carro. Sei que terei mais 19 provas em que muitas coisas vão dar certo, e outras vão dar muito errado também.”

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