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Fórmula 1

Pilotos defendem que falta de emoção em GP de abertura foi culpa da pista

Xinhua/Rex Shutterstock/ZUMAPRESS
Imagem: Xinhua/Rex Shutterstock/ZUMAPRESS

Julianne Cerasoli

Do UOL, em São Paulo

31/03/2017 04h00

A Fórmula 1 recebeu uma chuva de críticas depois que a prova de abertura de temporada teve apenas cinco ultrapassagens, muito em função de uma combinação entre o novo regulamento, que deixa os carros mais dependentes da aerodinâmica, e da adoção de pneus mais duráveis do que nos últimos anos. Há no paddock, contudo, quem peça paciência com as novas regras. Afinal, o circuito de rua de Albert Park, que recebeu a primeira corrida em Melbourne, na Austrália, não pode ser tido como parâmetro.

A pista tem retas curtas e pouca variação de tipos de curvas, além de ser utilizada apenas uma vez no ano. Pilotos como Valtteri Bottas e Kimi Raikkonen e o chefe de equipe Christian Horner pediram que os fãs esperem até a categoria chegar a circuitos permanentes e mais variados para fazer um julgamento.

“Acho que, no geral, será um pouco mais difícil, mas isso depende do tipo de circuito”, avaliou Bottas. “As pistas com retas longas terão boas corridas porque o vácuo tem mais efeito agora e o DRS também, com estas novas asas traseiras. Assim, em alguns lugares veremos corridas boas, enquanto em pistas como Barcelona será muito complicado ultrapassar.”

Raikkonen endossou o coro do compatriota. “Este circuito [de Albert Park] está longe de ser normal. Depende muito de quando os pilotos fizerem seus pit stops e da degradação que eles tiverem, além da velocidade do carro em geral.”

Já Horner pede que os fãs esperem até o GP do Bahrein, terceira etapa do campeonato, para opinar sobre essa nova F-1, que mudou para tornar os carros mais rápidos e permitir que os pilotos andassem mais tempo no limite, meta que foi atingida, ainda que em detrimento do número de ultrapassagens.

"Eu acho que temos que reservar este julgamento até depois de duas ou três corridas. Se você olhar para Melbourne, historicamente, nunca houve um monte de ultrapassagens", lembrou o chefe da Red Bull. "A China e o Bahrein são dois circuitos em que é muito mais fácil ultrapassar. Precisamos ver como essas provas antes de fazer o julgamento."

A etapa chinesa está marcada para o dia 9 de abril. A do Bahrein será no final de semana seguinte, dia 16.

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