China era patinho feio da F-1. Hoje atrai público semelhante ao GP Brasil
A Fórmula 1 chegou na China em 2004 com grandes pretensões, evidenciados pelos 100 mil lugares nas arquibancadas. Mas o casamento entre a cidade de Xangai e a categoria não começou tão feliz quanto se esperava: o esporte, antes completamente desconhecido pela população, demorou a gerar interesse, ao mesmo tempo em que as primeiras impressões a respeito da metrópole chinesa não foram das melhores.
Treze anos depois, muita coisa mudou. É fato que o número de torcedores hoje não chega nem perto das primeiras expectativas e é relativamente pequeno se levarmos em consideração os mais de 24 milhões de pessoas que vivem na cidade, mas trata-se de um público fiel, que reconhece desde os mais famosos, até os pilotos mais jovens.
Tanto, que o público médio dos últimos anos para o final de semana tem ficado entre 120 e 130 mil, o que não está muito distante do atraído pelo GP do Brasil, país com muito mais tradição no esporte. Nos anos em que Kimi Raikkonen, que por muito tempo foi o preferido, especialmente pela torcida feminina, estava ganhando corridas com a Ferrari, a prova chegou atrair 180 mil.
Os ingressos ajudam: as entradas mais baratas para os três dias saem por 195 reais e chegam a 1.410 para a arquibancada. E a conexão direta com o centro, por meio de uma linha de metrô inaugurada em 2009, é outro fator que ajuda o acesso dos torcedores. Mas também é fato que a relação entre a cidade e a Fórmula 1 também melhorou nos últimos anos.
“Acho que foi a cidade que mais se transformou de uma maneira positiva dentre todas as que visitamos na F-1”, disse Felipe Massa ao UOL Esporte. “Foi impressionante a evolução desde que eu comecei a vir para cá: a educação das pessoas, o tanto que a cidade cresceu e como o trânsito melhorou. O país se desenvolveu muito. Então acho que é um exemplo.”
Massa reconhece não ter gostado de sua primeira experiência, justamente na estreia da prova, em 2004, mas sua visão mudou tanto que o piloto da Williams inclusive planeja permanecer em Xangai até começarem as atividades para a próxima etapa, no Bahrein.
“Na primeira vez que eu vim para cá, não gostei. Na verdade, quase odiei. E hoje tenho o maior prazer em vir para cá, tenho muitos fãs e é sempre uma sensação incrível ir para esse lugar. Vou até ficar mais dois dias depois da corrida, gosto de passar mais tempo aqui e tentar entender a mentalidade deles e curtir a cidade.”
A 14ª edição do GP da China está marcada para começar às 3h da madrugada pelo horário de Brasília.
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