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Plano de Alonso de correr 500 Milhas quase não vingou. Até novato dar vaga

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Imagem: Reprodução

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Manama (Bahrein)

12/04/2017 09h42

A negociação para que Fernando Alonso realizasse seu sonho de disputar as 500 Milhas de Indianápolis não durou muitas semanas, mas contou com uma peça-chave: Stefan Wilson, irmão de Justin Wilson e que estreou na Indy ano passado mesmo tendo visto o familiar morrer após acidente na etapa de Pocono em 2015. Foi o britânico que desistiu de participar da prova para que o piloto da McLaren pudesse participar de uma das mais tradicionais provas da história do automobilismo, dia 28 de maio.

Alonso vai correr na equipe Andretti Autosport, usando motores Honda e será inscrito oficialmente pela McLaren, que terá apenas o espanhol como piloto, em um retorno à prova norte-americana depois de quase 40 anos - a última fora em 1979.

A revelação foi feita por Mark Miles, presidente do circuito de Indianápolis à revista Racer. Segundo ele, a primeira tentativa do CEO da McLaren foi buscar vagas em equipes da Honda. Sentindo a dificuldade de conseguir algum apoio, até pela competitividade dos motores japoneses, que venceram as duas primeiras provas da categoria deste ano, a estratégia mudou e a equipe foi diretamente falar com Wilson, que tinha acabado de fechar contrato com a Andretti para fazer a corrida.

“Recebi uma ligação do Zak [Brown, CEO da McLaren] e ele queria saber se poderíamos fazer um acordo para que Fernando corresse na Indy neste ano. Eu disse que moveria o céu e a terra para tornar isso realidade. Entrei em contato com quatro equipes da Honda e com uma, mas não conseguia arrumar um motor. E então demos sorte”, revelou Miles.

“Mesmo querendo muito correr neste ano, ele [Stefan] estava pensando no bem maior para a Indy. É um grande gesto. Os herois desta história são Alonso, Zak, Michael e Stefan. E acho que será uma história muito legal, outro grande mês de maio.”

Acredita-se que o britânico de 27 anos irá receber algum tipo de garantia de que irá correr em 2018.

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