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Fórmula 1

GP da Rússia dá o tom de como será a disputa Mercedes x Ferrari pelo título

Clive Mason/Getty Images
Imagem: Clive Mason/Getty Images

Julianne Cerasoli

Do UOL

28/04/2017 13h44

Com a Fórmula 1 chegando a sua quarta etapa da temporada neste final de semana, na Rússia, um fator importante na briga entre Mercedes e Ferrari já está claro: a maneira como cada carro trabalha os pneus será fundamental para decidir o campeonato.

E, nesse quesito, o time italiano mostrou mais uma vez nos treinos livres para o GP russo que está um passo à frente, tendo mais facilidade para fazer sua simulação de classificação na sexta-feira e conquistando a dobradinha no treino. Mas Sebastian Vettel, que foi o mais rápido do dia, acredita que, na hora da definição do grid, a história será outra.

“É um circuito bom para eles, então acho que eles estarão fortes na classificação. Acho que não mostraram tudo o que podiam e também ficou claro que eles não conseguiram acertar uma volta, então dá para ver que é algo artificial. São muitas coisas com as quais se pode jogar com o carro, como níveis de combustível, modos de motor… e nesta pista especificamente dá para esconder o jogo.”

Vettel se refere ao fato de que a pista é Rússia é uma das quais mais se sente o efeito do peso do combustível. Além disso, as retas longas fazem com que carros que não estão usando seus modos mais potentes de motor sejam significativamente mais lentos.”

Mas Lewis Hamilton defende que a ameaça ferrarista é real em Sochi. “Eles estão mais rápidos do que nunca e vamos trabalhar para melhorar nosso ritmo. A diferença ainda é pequena entre nós, como nas últimas corridas. Só estamos tendo dificuldade em fazer os pneus funcionarem.”

Tal dificuldade é comum na etapa russa especialmente pelo fato do asfalto ser bastante liso. Ao mesmo tempo, as temperaturas do ar abaixo dos 25ºC também ajudam a abaixar a temperatura, especialmente dos pneus dianteiros. Os esquerdos, com as freadas fortes, acabam até mesmo se superaquecendo dependendo do carro e do tipo de acerto.

Para o chefe da Mercedes, Toto Wolff, o bom desempenho da Ferrari em uma pista mais fria só comprova a qualidade de seu carro.

“Deu para ver que estávamos precisando de algumas voltas para aquecer os pneus, e é mais fácil fazer isso com voltas limpas, o que não estávamos conseguindo. Quanto maior a janela [de temperatura de pneus com a qual um carro funciona bem], mais rápido você é. A Ferrari parece ter um carro bem robusto e com uma janela de funcionamento maior que a nossa, por isso não importa para eles estarem no calor do Bahrein ou no frio de Sochi”, avaliou.

Tais diferenças entre os carros vão influenciar, inclusive, a estratégia de cada time durante a classificação, que começa às 9h do sábado pelo horário de Brasília, como observou Felipe Massa ao UOL Esporte.

“Essa pista é assim, o pneu gasta muito menos do que outras. Vimos no ano passado equipes que escolheram fazer a volta rápida na segunda volta do pneu e outros que fizeram na primeira e acho que é o que pode acontecer de novo.” 

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