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De choro a robô, novos donos mudam cara da F-1. E bombam nas redes sociais

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Imagem: Reprodução

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Londres

16/05/2017 10h16

O GP da Espanha é palco tradicional de novidades nos carros da Fórmula 1, mas desta vez as grandes novidades ficaram de fora das pistas. Considerada a primeira prova da perna europeia da temporada, a corrida em Barcelona marcou o início de uma série de iniciativas voltadas aos fãs vindas dos novos donos do Liberty Media - e foi coroada com a história do garoto Thomas, que foi pinçado da arquibancada para o box da Ferrari justamente por iniciativa da nova administração.

Thomas, um francês de seis anos, acompanhava a corrida com os pais, fanáticos pela Ferrari, e se debulhou em lágrimas quando viu um dos carros do time italiano, de Kimi Raikkonen, bater logo na primeira curva. A reação foi flagrada pelas câmeras, assim como a vibração do menino quando, voltas depois, a outra Ferrari de Sebastian Vettel ultrapassou a Mercedes de Valtteri Bottas.

Vendo a oportunidade de levar a história adiante, partiu dos membros da nova gestão a ideia de levar o menino ao paddock para conhecer Raikkonen, e depois comemorar junto aos mecânicos ferraristas o segundo lugar de Vettel diante do pódio.

Thomas acabou sendo um dos assuntos mais comentados do dia e, segundo o Liberty Media, apenas esta história teve um alcance de 2,5 milhões no Facebook.

Curiosamente, no Twitter, houve quem reclamou que já chorou por pilotos ou equipe na arquibancada e nunca foi levado ao paddock. Brincadeiras à parte, a história de Thomas foi apenas um dos fortes exemplos de que os novos donos estão dispostos a mudar a cara fria e distante da categoria.

Experiências da F-1

O GP da Espanha marcou a estreia do novo Fan Fest, que já existia especialmente em provas fora da Europa, mas ganhou uma nova cara. Várias atividades ficaram à disposição do público, como simuladores de corrida, uma tirolesa de 200 m no próprio circuito, desafios para ver quem faz a troca de pneus mais rápida e até um canal de F-1 sendo transmitido apenas para quem estava no circuito, com entrevistas e análises especiais.

Os pilotos também trabalharam mais que o normal: além das já tradicionais sessões de autógrafos, eles participaram de algumas ações, como entrevistas no meio do público e a interação com jovens pilotos de kart espanhóis no pitlane.

Houve também a distribuição de prêmios, incluindo ingressos para o Paddock Club e visitas às garagens das equipes, além da chance de dar uma volta em um F-1 de dois lugares e correr (a pé) no circuito, em uma prova organizada no sábado à noite com direito a camiseta oficial.

“Focamos em trazer os fãs para mais perto, aumentando o apelo do esporte”, disse o novo diretor de marketing da F-1, Sean Bratches. “E o Fan Fest em Barcelona marcou o começo dessa jornada. Estamos animados para dar vida às corridas.”

O paddock também teve novidades: um bar da cervejaria parceira da categoria foi instalado em meio aos motorhomes das equipes e um robô roubou a cena antes da corrida, se intrometendo e jogando água nos jornalistas que estavam ao vivo nas TVs. Artistas também fizeram grafites dos pilotos e teve até um “quadro” de Fernando Alonso feito ao vivo usando vários cubos mágicos.

O que vem por aí

Outra novidade deste ano é a criação do site F1 Experiences, que comercializa entradas para eventos especiais a cada final de semana e indica quais as atrações para os torcedores durante os GPs.

Para a próxima etapa, em Mônaco, por R$ 5850, você tem direito a ingressos com vista para um dos S da piscina para sábado e domingo, passeio de barco com bebidas e almoço inclusos e entrevista com o campeão de 1996 Damon Hill. Para o GP do Brasil, contudo, ainda não há eventos marcados.

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