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Fórmula 1

Williams desperdiça pontos e está ao lado da McLaren entre piores de 2017

Felipe Massa no GP da Espanha - Mark Thompson/Getty Images
Felipe Massa no GP da Espanha Imagem: Mark Thompson/Getty Images

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Londres (ING)

18/05/2017 04h00

Na pista, a Williams começou esta temporada da Fórmula 1 de maneira muito mais positiva do que o ano passado, tendo claramente o quarto melhor carro da categoria e obtendo um nível de desenvolvimento que vem ganhando elogios de Felipe Massa. Porém, o time tem tido dificuldades em transformar o bom desempenho em resultados - e ainda pontua com apenas um carro, devido ao péssimo começo de Lance Stroll na categoria.

Com isso, após cinco etapas, o time amarga uma triste realidade: só é melhor que a lanterna McLaren na comparação com as cinco primeiras corridas do ano passado.

O time de Fernando Alonso e Stoffel Vandoorne, envolto com os problemas de confiabilidade e potência do motor Honda, ainda está zerado no campeonato, enquanto, em 2016, já havia marcado 11 pontos após o GP da Espanha.

A Williams, por sua vez, acabou perdendo terreno para a Force India ao longo do ano, uma vez que teve dificuldades em desenvolver seu carro na última temporada. “Em 2016, terminamos o ano praticamente com o mesmo carro com que começamos, as coisas não estavam funcionando direito”, reconhece Felipe Massa. Porém, mesmo sendo testemunha da melhora da equipe, muito em função da chegada do ex-diretor técnico da Mercedes, Paddy Lowe, os números são ruins: enquanto após cinco etapas ano passado o time tinha 65 pontos e estava isolado em quarto - o rival mais próximo era a Toro Rosso, com 26 - hoje a Williams não passa dos 18 pontos. Ou seja, o time marcou apenas 27% dos pontos que tinha ano passado.

São duas as explicações: Massa não teve os resultados que deveria em três das cinco etapas. Na China, a equipe optou por colocar o pneu macio durante um período de Safety Car, o que se mostrou errado devido à dificuldade de aquecimento e uma factível sétima colocação se tornou um 13º lugar, fora dos pontos; na Rússia, Massa teve um furo no pneu e fez uma parada a mais enquanto estava em sexto, terminando apenas em nono; e no último final de semana na Espanha, o piloto se tocou com Fernando Alonso logo na segunda curva, perdeu uma volta em relação ao líder logo na primeira volta e não conseguiu se recuperar. Na ocasião, devido ao abandono de pilotos da Mercedes, Ferrari e Red Bull, um quarto lugar e 12 pontos a mais na tabela seriam possíveis.

“Foi um dia ruim para não estar lá a aproveitar os pontos”, admitiu Lowe. “O ritmo de Felipe era bom, quase igual ao de Ricciardo, terceiro. Acho que ele tinha potencial para obter um grande resultado.”

Outro fator que pesa contra a pontuação da Williams é o desempenho ruim de Stroll, que ainda não pontuou na temporada. Mesmo conhecendo bem a pista de Barcelona, o canadense andou o tempo todo no fundo do pelotão no último final de semana.

Os maiores ganhadores
Enquanto isso, a Force India lucra. O time tem sido muito constante e é o único do grid a ter pontuado com os dois carros em todas as etapas. Com isso, soma 53 pontos e está isolado no quarto lugar entre os construtores, entre a Red Bull (que tem 72 pontos e 22 a menos que ano passado) e a Toro Rosso (que soma 21 contra 26 de 2016).

Um caso curioso é o da Mercedes que, mesmo tendo pela primeira vez em quatro anos uma rival à altura, tem mais pontos atualmente do que há 12 meses: 161 contra 157. A diferença é que, agora, a Ferrari está por perto, somando 153 pontos. Ano passado, após cinco etapas, o time do líder do campeonato de pilotos, Sebastian Vettel, tinha 109.

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