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Fórmula 1

Análise: GP maluco é tudo o que a Ferrari não quer. E que Hamilton precisa

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Mônaco

27/05/2017 15h11

Há 21 anos, a Fórmula 1 assistiu a uma de suas provas mais malucas, em Mônaco, a única vencida por Olivier Panis, na qual apenas três carros cruzaram a linha de chegada. Isso aconteceu muito em função da chuva, que não está prevista para a corrida de amanhã, mas é tudo o que Lewis Hamilton está torcendo para acontecer. E as Ferrari não querem de jeito nenhum.

Afinal, o time italiano fechou a primeira fila pela segunda vez no ano, e desta vez com Kimi Raikkonen na frente, algo que não acontecia desde 2008. Apesar de reconhecer que a pole em Mônaco é um passo muito importante para a vitória, o finlandês teme que uma corrida maluca coloque tudo a perder.

“São muitas voltas e tenho que ser perfeito, muitas coisas podem acontecer, muitas coisas que estão fora do meu controle podem mudar o resultado. Nunca se sabe aqui, muitas coisas podem acontecer”, disse ao UOL Esporte.

Raikkonen superou pela primeira vez na temporada o companheiro Sebastian Vettel, mas há muitos no paddock que acreditam que a Ferrari vai trabalhar para que o alemão ganhe e some pontos importantes para o campeonato. O líder da temporada, com seis pontos de vantagem para Hamilton, se mostra confiante.

“Não tenho expectativas. Sei que podemos esperar uma boa corrida porque o carro está se comportando muito bem e não acho que temos de esconder isso. Mas é Mônaco e nunca se sabe o que pode acontecer. Obviamente, não estou contente com a classificação. Na corrida, vamos focar na largada e ver antes da primeira parada o que podemos fazer.”

A corrida em Mônaco é uma chance importante para Vettel porque seu rival Lewis Hamilton larga apenas em 13º após ter dificuldades com seu carro na classificação. Sabendo que a corrida deve ter apenas uma parada, limitando as possibilidades estratégicas, e que as ultrapassagens serão difíceis, resta a Hamilton apostar no imponderável de Mônaco.

“Não há muito que possa fazer. Vou tentar dar o máximo, mas saindo em 13º… ultrapassar vai ser arriscado e vou ter dificuldade de chegar nos 10 primeiros. Mas talvez a estratégia entre em jogo ou um Safety Car possa me ajudar.”

A situação é a mesma de Felipe Massa, que larga em 14º e sente que a Williams tem um ritmo de corrida melhor do que de classificação, mas não vê muitas possibilidades de pontuar em condições normais. “Aqui é uma parada só. Mas em Mônaco tudo pode acontecer, como um Safety Car e acidentes que podem mudar um pouco a situação da corrida.”

A largada para a sexta etapa do campeonato será neste domingo às 9h pelo horário de Brasília.

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