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À moda antiga: Red Bull ouve pilotos, melhora carro e faz 3 pódios seguidos

Verstappen chega para ultrapassar Daniel Ricciardo, no GP da China - REUTERS/Aly Song
Verstappen chega para ultrapassar Daniel Ricciardo, no GP da China Imagem: REUTERS/Aly Song

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Londres (ING)

15/06/2017 06h07

Um carro de Fórmula 1 possui aproximadamente 300 sensores, que indicam até as mais sensíveis variações de temperatura e das forças às quais ele é submetido. Isso sem contar os demais sensores que as equipes utilizam durante os testes de pré-temporada e, em alguns casos, até nos treinos livres, como aquelas grandes telas que chegam até a desfigurar os carros e que servem para avaliações de fluxo de ar.

Mas, mesmo com toda essa tecnologia, a Red Bull vem aprendendo neste ano que ainda existe uma “peça” fundamental. Duas, aliás. Daniel Ricciardo e Max Verstappen têm sido fundamentais para que o time compreenda o carro de 2017 e, ao ouvir mais seus pilotos, a equipe, que começou a temporada bem atrás de Ferrari e Mercedes, a chegar ao pódio nas últimas três etapas.

“Acho que a consistência veio do retorno que eu e o Max [Verstappen] demos nas últimas corridas”, opinou Daniel Ricciardo, ouvido pelo UOL Esporte. “Então acredito que aquelas coisas que vínhamos dizendo provavelmente estão mais visíveis nos dados agora. Acho que a correlação entre os dados e o que vemos na pista está muito melhor e isso nos dá uma direção mais clara a seguir.”

Ricciardo explicou que essa clareza veio depois que a Red Bull fez uma grande atualização no carro, no GP da Espanha, justamente quando a sequência de pódios começou. Para o australiano, foi a partir dali que os engenheiros começaram a entender os pedidos dos pilotos e o desenvolvimento passou a ser mais rápido e eficiente.

“No grande update que fizemos em Barcelona, é claro que algumas coisas funcionaram e outras não, mas ficou claro o que funciona neste carro e o que não serve para ele. Agora temos uma direção clara ao invés de ficar tentando encontrar um pouco de rendimento na traseira, um pouco na dianteira. Agora os engenheiros sabem. Mas nós, pilotos, já sabíamos desde o começo o que precisávamos no carro, enquanto, para eles, isso não estava tão claro nos números que eles tinham.”

A próxima chance de continuar a boa fase será no dia 25 de junho, no GP do Azerbaijão, disputado pelo segundo ano em Baku. Ano passado, a Red Bull não andou bem no circuito de rua, muito em função das longas retas e da menor potência do motor Renault: Ricciardo foi o sétimo e Verstappen, o oitavo.

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