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Lauda detona adoção do halo: destrói tentativa de F1 ser mais popular

Eric Alonso/AFP Photo
Imagem: Eric Alonso/AFP Photo

Do UOL, em São Paulo

21/07/2017 08h39

Niki Lauda reprovou a decisão da FIA em adotar o halo para a próxima temporada. O tricampeão mundial declarou que o uso do protetor no cockpit será um passo para trás nos planos de popularização da Fórmula 1.

“O Halo destrói o DNA de um carro de F1. A FIA fez o possível para dar segurança à F1. Também foi praticamente eliminado o risco da roda voar, porque as rodas estão sempre firmemente presas. O risco para os pilotos se tornou mínimo”, disse Lauda para a Auto Motor und Sport.

O ex-piloto salientou a estratégia da Fórmula 1 em conquistar novos públicos. Para isso, os carros ficaram mais velozes, sem afetar a segurança.

“Nós estamos tentando de forma árdua para conseguir carros mais rápidos, atraindo novos espectadores ao esporte. Mas isso agora é destruído por uma reação exagerada”.

FIA quer mais segurança

A Fórmula 1 irá adotar o halo, sistema de proteção para o crânio dos pilotos, a partir da temporada 2018. A informação foi divulgada pela própria categoria, após reunião do chamado Grupo de Estratégia da categoria nesta quarta-feira.

A novidade chegou a ser testada por diversas equipes nos últimos meses, dividindo opiniões. Alternativas como o 'shield' (uma tela de acrílico diante do cockpit) também chegaram a ser analisadas.

A mudança foi divulgada em comunicado pela Federação Internacional do Automóvel (FIA) em comunicado publicado no site da F-1.

A entidade máxima do automobilismo mundial ainda anunciou “apoio unânime” das equipes a uma política de controle de custos. Uma força-tarefa, formada por representantes dos donos dos direitos comerciais da F-1 e das equipes terá a missão de oferecer “soluções inovadoras para garantir que o esporte continua sustentável pelos próximos anos”.

De quebra, a Fórmula 1 ainda anunciou a intenção de “melhorar o espetáculo”. “Um número de medidas esportivas para a melhoria do show também foi debatido, e estudos específicos serão realizados”, diz o comunicado da FIA, sem detalhes.

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