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Alonso quer ver punições divididas entre piloto e equipe. E alfineta Honda

Alonso abandona o GP da Rússia na volta de aquecimento - Reprodução/Fórmula 1
Alonso abandona o GP da Rússia na volta de aquecimento Imagem: Reprodução/Fórmula 1

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Londres (ING)

15/08/2017 04h00

À medida que a temporada da Fórmula 1 vai chegando da metade para o final, vai ficando mais difícil montar o grid de largada, uma vez que as penas por trocas de motor e câmbio vão se acumulando - ainda mais no caso da McLaren-Honda, tem Fernando Alonso com oito motores usados após 11 etapas, o dobro do permitido antes do espanhol começar a perder posições no grid a cada peça nova que tem de usar.

Dá para entender, portanto, por que o bicampeão, que vem sofrendo há três temporadas com este tipo de punição, é a favor de que as penas sejam divididas entre equipe e piloto. E que, a cada troca de motor, apenas o time em si perca pontos, sem alterar a posição de largada do piloto.

“A equipe poderia sofrer alguma punição como a perda de pontos por falhas mecânicas. Isso porque, quando nós cometemos um erro ou batemos, é certo que nós tenhamos que pagar por isso. Não é a equipe que tem de pagar. Da mesma forma, quando você tem de trocar o motor, não deveria ter de pagar por isso. É um pouco injusto”, defende Alonso, que aproveita para alfinetar a Honda, de longe a fornecedora com mais problemas de confiabilidade no grid.

“Isso ficou mais exagerado agora nos últimos anos por causa das punições que nós sofremos nos últimos três anos. Vamos ver o que acontece no futuro, mas não acho que algum dia voltará a ser tão dramático quanto foi para nós, porque quando eles pensaram no sistema de punições, ninguém imaginaria que uma fornecedora usaria 12 ou 13 motores no ano. Isso não estava nos planos.”

Os pilotos da Mercedes foram outros que perderam posições no grid neste ano por questões técnicas: no caso de Lewis Hamilton e Valtteri Bottas, foram trocas de câmbio, desrespeitando a sequência obrigatória de cinco corridas, o que gera uma perda de cinco posições no grid. Para o finlandês, é algo que pode ser decisivo para o campeonato de pilotos, mesmo sendo uma questão do carro.

“Essas são as regras e temos de entender que, se uma equipe arrisca muito bom alguma peça, há uma punição para isso. Porém, ao mesmo tempo que a punição de estende para o piloto, ela também é sentida pela equipe, que tem menos possibilidades de marcar pontos. Nunca parei para pensar nisso, mas é interessante. Ainda mais porque, neste ano, é algo que realmente pode afetar a luta pelo campeonato.”

Quem está perto de sofrer uma punição deste tipo na segunda parte da temporada é o líder Sebastian Vettel, que já está usando a quarta e última unidade a que tem direito do turbocompressor com nove etapas para o final.

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