Acidentes em outras categorias não assustam Alonso. Nem nos ovais da Indy
Fernando Alonso sabe bem o que é uma pancada forte em um Fórmula 1. Tanto, que foi o único piloto da atualidade que deixou de participar nos últimos anos de duas provas por conta de acidentes - o primeiro na pré-temporada de 2015, que o tirou da etapa de abertura, em Melbourne, e o segundo ano passado, na Austrália, que o impediu de disputar o GP do Bahrein. Mas o espanhol, que avalia, entre outras opções, a possibilidade de ir para a Fórmula Indy, garante que o fator risco não é um empecilho para trocar de categoria.
“Faz parte do jogo. Acho que há categorias que são mais perigosas do que outras e provavelmente o fator perigo é maior na Indy, mas isso é consequência das velocidades maiores”, disse Alonso, ouvido pelo UOL Esporte. “O mesmo acontece quando vamos para Monza: temos algumas chicanes lentas e qualquer problema que você tiver, qualquer falha de equipamento, pode ter um acidente sério. Você tem de respeitar a velocidade.”
Para o bicampeão, que já disse que só continua na Fórmula 1 se considerar que terá um carro competitivo na próxima temporada, o motociclismo seria a disciplina mais perigosa dentro do esporte a motor. E quem decide disputar um campeonato tem de ter consciência disso.
“Provavelmente, o rali é mais perigoso do que a Indy porque você tem as árvores e os saltos. E as motos são mais perigosas do que o rali - e mesmo entre as competições de motos, há diferenças. Você tem de entender e respeitar isso. Faz parte do jogo, se você quiser competir em qualquer uma dessas modalidades, é você quem decide.”
Alonso espera uma definição do pacote da McLaren para o ano que vem. A equipe negocia a troca dos motores Honda e tem a possibilidade de fechar com a Renault para 2018. O espanhol disse que tomará uma decisão entre setembro e outubro e pediu que seus fãs entendessem que, seja qual for seu caminho no futuro, “não será para disputar o décimo lugar.”
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