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Renault evolui e vira alvo de pilotos para 2018. Espanhol é o favorito

Evolução começou a ser sentida após atualizações no GP de Silverstone - Clive Mason/Getty Images
Evolução começou a ser sentida após atualizações no GP de Silverstone Imagem: Clive Mason/Getty Images

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Londres (ING)

08/09/2017 04h53

Carlos Sainz até comprou briga dentro da Red Bull para ir para lá. Robert Kubica fez três testes e vem pressionando o time para que lhe dê mais uma chance de voltar ao grid, por eles. Sergio Perez tem todo o respaldo da Force India, que quer mantê-lo para a próxima temporada, mas não assina a renovação enquanto não souber quais são são os planos da equipe. De um projeto retomado às pressas e depois de um longo imbróglio no final de 2015, a Renault se tornou rapidamente a equipe em que todos estão de olho no meio do pelotão. E a evolução dos últimos meses explica isso.

Até o pacote aerodinâmico que estreou no GP da Inglaterra, em julho, o carro da Renault apresentava evolução em relação ao ano anterior, mas isso não estava sendo convertido em resultados. Rápido em uma volta lançada, o carro perdia rendimento durante as corridas. Porém, com um equipamento mais equilibrado, Nico Hulkenberg conquistou dois sextos lugares nas últimas quatro provas, ou seja, desde a introdução do pacote de Silverstone.

Em um grid no qual Mercedes, Ferrari e, em menor medida, Red Bull têm carros bastante superiores, isso quer dizer que a Renault foi de nona colocada - posição obtida ano passado - para grande candidata a ser “o melhor do resto” na segunda metade de 2017.

E a expectativa é de que a evolução continue, fruto de um orçamento mais forte que as rivais e um corpo técnico competente. A liderança de Hulkenberg também ajuda, assim como o fato do time não depender mais de pilotos pagantes como na era Lotus.

Como Jolyon Palmer dificilmente fica em 2018 e os times grandes estão praticamente fechados, com a pendência da confirmação de Valtteri Bottas na Mercedes, a Renault se tornou o grande alvo do meio do pelotão.

Caso a negociação entre McLaren, Toro Rosso, Honda e Renault confirme uma inversão de fornecedores entre os times, especula-se que Sainz se torne moeda de troca para os franceses, que desde o ano passado vêm tentando contratar o espanhol, mas esbarram em uma alta multa.
Outro piloto que está de olho na vaga é Perez, que tem a seu favor o forte patrocínio mexicano. É difícil, contudo, que a ideia de voltar a ser companheiro do atual piloto da Force India anime Hulkenberg, e a Force India deixou muito claro em Monza que quer contar com o mexicano para o próximo ano.

Kubica - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação
Correndo por fora, Kubica esbarra na falta de oportunidades de testes para provar ao time que seria competitivo mesmo retornando sete anos após um acidente que lhe deixou com sequelas graves no braço direito.

Com o time se acertando do lado financeiro e técnico, resta agora melhorar o motor, que hoje fica devendo para os Mercedes e Ferrari, tanto em potência, quanto em confiabilidade. Porém, acredita-se que o maior investimento da Renault na F-1 desde a decisão de voltar a ter um time de fábrica faça da equipe uma boa aposta para o futuro, especialmente a partir de 2021, quando a categoria adotará uma nova configuração de motores e a vantagem dos demais deve deixar de existir.

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