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Por compra de avião, Hamilton é citado em relatório sobre evasão fiscal

Lewis Hamilton exibe os quatro dedos, em alusão ao tetra da Fórmula 1 - Clive Mason/Getty Images/AFP
Lewis Hamilton exibe os quatro dedos, em alusão ao tetra da Fórmula 1 Imagem: Clive Mason/Getty Images/AFP

Do UOL, em São Paulo

06/11/2017 16h06

Campeão antecipado da temporada 2017 da Fórmula 1, Lewis Hamilton pode ter deixado de pagar 3,3 milhões de libras (R$ 14,2 milhões na cotação do dia) em impostos pela compra de um avião particular. O nome do piloto da Mercedes aparece no Paradise Papers, relatório que expôs movimentações financeiras de personalidades mundiais em offshores, empresas abertas em paraísos fiscais.

De acordo com os documentos divulgados pelo jornal francês "L'Equipe", o britânico comprou em 2013 a aeronave do modelo Bombardier CL605 Challenger, avaliada em 16,5 milhões de libras (R$ 71,4 milhões), e usou offshores registradas em três paraísos fiscais - Ilhas Virgens Britânicas, Ilha de Man e Guernsey - para não pagar impostos.

A forma como a operação foi conduzida também impediria que Hamilton usasse o avião para fins particulares. Por mais de uma vez, o piloto usou sua conta no Instagram para publicar fotos de viagens de férias e fins de semana de folga a bordo da aeronave.

Hamilton negou qualquer irregularidade e disse que "as pessoas não entendem que eu pago impostos aqui (na Inglaterra), mas não ganho meu dinheiro no país". 

O tetracampeão da Fórmula 1 é o esportista mais rico do Reino Unido, segundo o jornal "Sunday Times", com patrimônio avaliado em 131 milhões de libras (R$ 567,2 milhões), mas deixou a Inglaterra logo no início de carreira na categoria para morar em regiões mais tolerantes com o recolhimento de impostos, como Suíça e Mônaco.

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