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Hamilton se diz horrorizado com assalto e pede esquema especial na F1

Hamilton deixa treino de classificação após bater carro. Piloto reclamou da violência - Mark Thompson/Getty Images
Hamilton deixa treino de classificação após bater carro. Piloto reclamou da violência Imagem: Mark Thompson/Getty Images

Luiza Oliveira e Julianne Cerasoli

11/11/2017 18h26

Lewis Hamilton continua muito abalado pelo assalto sofrido pelos integrantes da sua equipe na noite da última sexta-feira. Após o treino classificatório deste sábado, em que ele bateu a sua Mercedes, o piloto inglês disse estar horrorizado com o episódio e pediu um esquema especial de segurança na Fórmula 1.

“Quando ouvi, fiquei horrorizado de escutar o que se passou. Sou muito próximo de todos os caras que estavam lá, você imagina o que eles passaram, o que aconteceu com eles. E o mais frustrante é ver que, depois de dez anos, todo ano isso acontece com alguém. E continua acontecendo”, disse.

Por volta de 20h da sexta-feira, uma van com mecânicos da Mercedes foi assaltada à mão armada na saída do circuito. O motorista foi rendido e os bandidos ordenaram que a porta traseira fosse aberta. Em seguida, os pertences dos funcionários foram roubados.

Para evitar que este tipo de situação aconteça novamente, Hamilton sugeriu um esquema especial durante o evento. “Eu sei que, obviamente, essa é uma questão que o governo daqui está tentando resolver, mas talvez devessem existir esquemas diferenciados para o fim de semana como, por exemplo, acontece no México. Espero que possamos seguir em frente”, afirmou.

“Isso afeta a todos no paddock. Em parte é responsabilidade da Fórmula 1, mas também cabe aos caras importantes que mandam nos manter em segurança. Os chefes têm escolta, eu também tenho, mas a segurança precisa ser para todos”.

Hamilton lamentou o episódio, especialmente por ter uma relação muito próxima com o Brasil. Ele gosta não só de vir correr, como também de ter momentos de lazer no país e tem até amigos brasileiros como Neymar e Anitta. Por isso, ele espera que o episódio não interfira no seu sentimento.

“É uma pena porque São Paulo é uma grande cidade, o Brasil é um grande país, com uma grande cultura, as pessoas são lindas, a energia é incrível. Todas as vezes em que eu vim, nunca vi uma situação de perigo. Mas eu sei que há muita pobreza aqui e que o nível de criminalidade também é alto. Eu não gostaria de ser negativo em relação ao Brasil porque toda vez que eu venho, sinto uma energia positiva, é um GP incrível e adoramos vir para cá. Mas espero que haja alguma maneira de impedir que isso aconteça”, afirmou.

Mercedes lamenta episódio e cobra melhores condições

O chefe da Mercedes, Toto Wolff, também reclamou da falta de segurança em Interlagos. “Não deveríamos precisar de carros blindados e agentes especializados para que nossa viagem da pista para o hotel seja segura. Mas estas são as circunstâncias e talvez nossa abordagem no passado tenha sido leniente porque o Brasil é um país bacana. Mas deve ter sido um momento assustador para os caras. Todos nós saímos daqui na mesma hora e ter uma arma apontada para a sua cabeça não é algo que deveria acontecer”, disse o dirigente.

Logo que chegou à pista nesta manhã, o austríaco teve uma reunião com o promotor do GP Brasil para cobrar a melhora das condições. Neste sábado, ao contrário do que acontecera nos dias anteriores, quando apenas os chefes e pilotos tinham um esquema especial, toda a equipe chegou a São Paulo escoltada. “Eles aumentaram muito a segurança hoje. Quando viemos para a pista, parecia que uma guerra civil tinha começado. Também havia muito policiamento dentro da pista e veremos o que vai acontecer hoje à noite”

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