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Ferrari pode economizar R$ 432 milhões se confirmar ameaça e deixar F-1

Insatisfeita com possíveis mudanças, Ferrari ameaça não renovar contrato com a F-1 - Max Rossi/REUTERS
Insatisfeita com possíveis mudanças, Ferrari ameaça não renovar contrato com a F-1 Imagem: Max Rossi/REUTERS

Do UOL, em São Paulo

17/11/2017 13h26

A Ferrari pode economizar 100 milhões de libras (cerca de R$ 432 milhões) se confirmar a ameaça de deixar a Fórmula 1. A cifra foi estimada pelo jornal britânico Independent nesta sexta-feira depois de análise dos gastos e receitas da escuderia relativos ao ano de 2016.

De acordo com o diário, nem o fato de ser a equipe mais bem paga da categoria ajudou a Ferrari a terminar aquela temporada no lucro. No ano passado, por exemplo, os italianos receberam 160 milhões de libras (cerca de R$ 690 milhões), sendo metade disso só de bônus por ser o time mais antigo da categoria. O valor é 40 milhões de libras (R$ 172 milhões, aproximadamente) superior ao da Mercedes, que venceu o campeonato.

Diminuir a diferença no valor distribuído para as equipes é inclusive um dos planos da Liberty Media, que adquiriu o controle da Fórmula 1 no início do ano, além de introduzir novos motores a partir de 2021 – duas sugestões que teriam motivado a ameaça de Sergio Marchionne, presidente da Ferrari, em cogitar o adeus. O contrato atual da escuderia com a categoria é válido até o fim de 2020.

“Vemos o esporte em 2021 levando um ar diferente, o que irá provocar algumas decisões por parte da Ferrari. Se analisarmos que os resultados não serão benéficos à manutenção da marca na categoria, vamos reforçar nossa posição de mercado e sair", afirmou o dirigente no início de novembro.

Embora ressalte que o orçamento da equipe esteja blindado pelo fato de ser parte da Ferrari, e não uma empresa separada, o Independent cita que a montadora gastou 450 milhões de libras em despesas que incluem principalmente os custos de pesquisa e desenvolvimento do carro de 2016. Mais 80 milhões de libras seriam gastos com salários dos funcionários da equipe, sendo metade do valor com os pilotos Kimi Raikkonen e Sebastian Vettel.

Por outro lado, segundo o jornal britânico, a Ferrari conseguiu arrecadar 430 milhões de libras em 2016 em receitas de “patrocínio, comercial e de marca”, além de fornecer seu motor para outras três equipes – Haas, Sauber e Toro Rosso.

O Independent ressalta que não é fácil precisar se a Ferrari economizaria estas 100 milhões de libras (R$ 432 milhões) se deixasse a Fórmula 1. Um dos motivos é que o desenvolvimento e pesquisa com o carro da categoria é considerado fundamental para o desenvolvimento dos modelos e protótipos de carros esportivos e de rua. Além disso, a presença na categoria seria uma grande arma para alimentar o marketing da marca.

Única equipe presente na Fórmula 1 desde a primeira temporada da categoria (1950), a Ferrari não vence o Mundial de Pilotos desde 2007 e o de Construtores desde o ano seguinte.

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