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Massa dá nota '8 ou 9' para carreira na F-1 e elege melhor rival e chefe

Felipe Massa tira o capacete nos boxes após o GP de Abu Dhabi - AP Photo/Luca Bruno
Felipe Massa tira o capacete nos boxes após o GP de Abu Dhabi Imagem: AP Photo/Luca Bruno

Julianne Cerasoli

Do UOL, em São Paulo

01/12/2017 04h00

Foram 11 vitórias, 16 poles positions e 41 pódios em 269 largadas e 16 temporadas na Fórmula 1. E muitos altos e baixos também: da demissão logo após o primeiro ano, na Sauber, passando pelos anos de ouro na Ferrari ganhando corridas mesmo tendo companheiros fortes como Michael Schumacher e Kimi Raikkonen, pelo acidente em 2009 e pelas temporadas difíceis ao lado de Fernando Alonso na Scuderia, até o renascimento na Williams - com direito a um ano de “bônus” depois de ser chamado de volta por seu time após anunciar a primeira aposentadoria. No final das contas, Felipe Massa fez uma análise positiva em entrevista exclusiva ao UOL Esporte. E se deu uma nota alta.

“Acho que é difícil você se dar uma nota. Para falar a verdade, eu me daria uma nota alta por tudo aquilo que eu passei, por todos os momentos difíceis por cima dos quais eu consegui passar, tantas vitórias que eu tive. E também por quem eu fui como profissional. Então daria nota alta, entre 8 e 9.”

Em sua carreira, Massa correu em equipes lideradas por chefes clássicos na Fórmula 1, e alguns deles conhecidos pelo temperamento forte. O brasileiro começou na Sauber, onde tinha Peter Sauber no comando. Depois foi para a Ferrari de Jean Todt, até que o francês saiu do time, que passou a ser comandado por Stefano Domenicali. Na Williams, passou a trabalhar com Frank Williams e com sua filha, Claire.

Mas qual foi o melhor chefe que ele teve na F-1? Para Massa, é uma pergunta que ele nem precisa pensar para responder.

“Jean Todt, fácil. Acho que pelo talento dele, a dedicação que ele tem, o quão profissional e organizado ele é. Destaco a maneira dele trabalhar com as pessoas e de cobrar o melhor delas. É difícil achar uma pessoa igual a ele.”

Perguntado qual o piloto mais forte com quem correu, por outro lado, Massa não tem uma resposta tão clara.

“Pode ser dois?”, questionou. “Acho que o Michael Schumacher e o Fernando Alonso. Lógico que não posso esquecer do Lewis Hamilton, que não fica devendo em nada para estes dois, mas a diferença é que não corri ao lado dele.”

Massa se despediu da Fórmula 1 com um décimo lugar no GP de Abu Dhabi. O piloto ainda não anunciou o que fará no futuro, mas deve acumular o papel de comentarista na TV internacional com uma função no Conselho Mundial, que tem de passar por votação e ainda não está definida. Além disso, ele deve disputar a Fórmula E a partir do final de 2018.

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