Ex-diretor Bernie Ecclestone quer que Fórmula 1 adote carros elétricos
O ex-diretor executivo da Fórmula 1, o britânico Bernie Ecclestone, 87, afirmou que a modalidade precisa fazer uma mudança radical e adotar carros com funcionamento 100% elétrico em um futuro próximo. Ele disse ao jornal inglês “The Guardian”, no sábado (24), que a categoria deveria abraçar o novo tipo de tecnologia automobilística.
“Nós ainda temos o nome de Fórmula 1, ainda temos contrato com os nossos agentes, vamos fazer tipos de carros diferentes, vamos falar com os fabricantes e começar uma totalmente elétrica e nova Fórmula 1, uma Fórmula 1 para o futuro”, declarou.
Ecclestone, que foi um dos principais articuladores do sucesso da modalidade nas últimas décadas, ocupa o cargo honorário de presidente emérito desde que a categoria foi comprada pelos norte-americanos da Liberty Media. Embora não tenha mais poder de decisão sobre as decisões da F-1, ele, após ter ficado 40 anos à frente da competição, ainda detém alguma influência.
A Fórmula 1 colocará novas regras em vigor em 2021, trocando certas exigências sobre os carros, mas ainda não há qualquer previsão sobre o uso de veículos elétricos. Apesar disso, o ex-diretor acredita que é possível fazer a mudança nos carros. “Nós não podemos fazer”, questionou. “Seria como uma super Fórmula E [modalidade totalmente elétrica], se quiserem.”
“Você pode fazer carros [elétricos] de Fórmula 1, e a única coisa que você perderia seria o barulho, e não acho que o público se importaria em não ter mais o velho ruído dos veículos. Eles [da Liberty Media] precisariam ter a disposição para fazer a mudança hoje. Mas eu acho que não terão”, complementou.
Ferrari
O ex-diretor também comentou as ameaças da Ferrari em deixar a F-1. Ele afirmou que o comandante da escuderia, Sergio Marchionne, não gostou das alterações previstas para 2021 e que o cartola italiano não falou em vão sobre deixar a categoria.
“A Fórmula 1 é a Ferrari e a Ferrari é a Fórmula 1”, disse Ecclestone. “Eu odiaria ver a F-1 sem a Ferrari. [Mas] o Sergio não fala certas coisas a menos que esteja falando sério. Eu não acho que ele seja o tipo de pessoas que não faz aquilo que diz que irá fazer”, concluiu.
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