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Denunciado por assédio, Raikkonen afirma ser alvo de tentativa de extorsão

Finlandês da Ferrari (à direita) é acusado de assediar de funcionária de bar em Montreal, no Canadá - Andy Wong/AP
Finlandês da Ferrari (à direita) é acusado de assediar de funcionária de bar em Montreal, no Canadá Imagem: Andy Wong/AP

Do UOL, em São Paulo

04/06/2018 15h32

O Grande Prêmio de Fórmula 1 do Canadá, neste final de semana, promete ser tumultuado para Kimi Raikkonen fora das pistas. O piloto finlandês é acusado de assédio sexual no país, e responde alegando ser alvo de uma tentativa de extorsão.

O caso data originalmente de 2016. Após o GP do Canadá daquele ano, em 12 de junho, a funcionária de um bar, identificada como Cassandra Talula Dias-Greizis, alegou ter sido assediada por um piloto de Fórmula 1 (cujo nome era mantido em sigilo) e um amigo dele. A dupla a teria embebedado e tocado partes íntimas de seu corpo durante seu expediente.

Passados quase dois anos, Cassandra acusou nominalmente Kimi Raikkonen – segundo ela, após ter protegido por tempo demais o nome do piloto da Ferrari. Os representantes legais de Raikkonen foram então informados a respeito das queixas da mulher.

Em declarações publicadas pelo site da revista Autosport, os advogados afirmaram que Cassandra prometeu divulgar detalhes do caso à imprensa caso não recebesse uma grande quantia em dinheiro. Os valores não foram revelados, mas o jornal italiano La Gazzetta dello Sport cita “uma soma de sete dígitos”.

Diante disso, na última segunda-feira (28), Raikkonen e seus representantes registraram em Montreal uma denúncia contra Cassandra por tentativa de extorsão, de forma a “proteger a reputação do piloto”. A decisão surpreendeu Jamie Benizri, advogado que defende Cassandra. Segundo ele, as duas partes tiveram “uma discussão bem rápida que parecia se encaminhar na direção correta”, antes que a queixa fosse registrada “abruptamente”.

Cassandra descreveu a queixa de Raikkonen como “repugnante e horrível”. “Ele é uma pessoa que tem muitos fãs e é apoiado por uma empresa de bilhões de dólares, a Ferrari, e por um exército de advogados”, disse a canadense. “Não importa se eu pedi um milhão ou dois bilhões. Não há preço para que ele pague pelo que fez.”

Por sua vez, o diretor-executivo da Ferrari, Sergio Marchionne, evitou polemizar sobre o caso. “Kimi não tem nada a ver com essa história”, disse o dirigente, que não vê influência das denúncias na definição do destino do finlandês, cotado para trocar a Fórmula 1 pelos ralis em 2019. “Como isso não afetará seu contrato, então é algo totalmente sem relação.”

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