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É cedo para filho de Schumacher estrear na F-1? Chefões se dividem

Mick Schumacher, filho do ex-piloto Michael Schumacher - Andrej ISAKOVIC / AFP
Mick Schumacher, filho do ex-piloto Michael Schumacher Imagem: Andrej ISAKOVIC / AFP

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Singapura (SIN)

15/09/2018 17h18

O nome Schumacher voltou a circular no paddock da Fórmula 1 depois dos bons resultados de Mick, filho do heptacampeão, na atual temporada da Fórmula 3. Tanto que circulou até um rumor, negado pela Red  Bull, de que a empresa de energéticos estaria negociando com o alemão para tê-lo na Toro Rosso no ano que vem.

Isso porque, especialmente depois de duas vitórias em um mesmo final de semana no início do mês, Mick Schumacher se colocou na luta pelo título da F-3, a apenas três pontos do líder Dan  Ticktum. O britânico faz parte do programa da Red  Bull mas, mesmo se conquistar o título, não terá pontos suficientes para conquistar a superlicença necessária para correr na F-1, diferentemente de Mick, que ainda tem pontos conquistados na época de F-4.

Mas essa possibilidade de contar com um nome como o de Schumacher divide opiniões no paddock e a maioria acha que ainda é cedo demais para que Mick estreie na F-1. “Acho que existe muita badalação em cima de Mick Schumacher e ele está indo muito bem no momento na F-3. Mas, para nós, como somos uma equipe jovem, preferimos pilotos com experiência e talvez ele mesmo não queira vir direto para a F-1”, ponderou Guenther  Steiner, da Haas.

Chefe da Sauber, Fred Vasseur, propôs um meio termo: uma temporada na F-2 mas já com envolvimento com alguma equipe na F-1, com a possibilidade de participar de sessões de treinos livres para ganhar experiência.

"Honestamente, acho que é um passo enorme ir da F-3 para a F-1 e, com os poucos dias de testes que temos na pré-temporada, acho que seria muito difícil dar esse passo. Não estou dizendo que é impossível porque veremos. Mas faria sentido provavelmente para ele fazer a F-2 ou algo do tipo, tendo uma ligação com alguma equipe de F-1 e participando de alguns treinos livres", ponderou.

A declaração é curiosa, uma vez que a Sauber funciona como uma espécie de time B da Ferrari e poderia ser uma porta de entrada para Schumacher na categoria, assim como aconteceu com Charles Leclerc, que fez sessões de treinos livres na Sauber e na Haas enquanto estava na F-2, depois estreou como titular pela Sauber e recentemente foi confirmado na Ferrari no ano que vem.

O chefe da Ferrari, Maurizio  Arrivabene, também deu a entender que a Scuderia observa Mick Schumacher de perto.

"O mais importante é deixá-lo crescer sem colocar pressão. Os resultados foram muito bons e desejo que ele tenha uma grande carreira. Com um nome como esse, que escreveu páginas históricas da Ferrari, acho que a porta de Maranello sempre está aberta, mas sem queimar etapas. Veremos no futuro. Como poderíamos dizer, em Maranello, não a um nome desses?", explicou.

A carreira de Mick Schumacher não tem sido extremamente brilhante, mas o alemão tem mostrado evolução. Ele ficou dois anos na F-4, depois foi para a F-2000 e está fazendo seu segundo ano na F-3, e nunca foi campeão em carros de fórmula.

Já seu pai, Michael, teve uma carreira meteórica nas categorias de base, indo para a Fórmula 1 depois de três anos correndo em carros de fórmula, com títulos na Fórmula König e na F-3 alemã.

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