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Como ser piloto Mercedes deve deixar Ocon fora da F-1 em 2019

Esteban Ocon, da Force India, em Mônaco - Mark Thompson/Getty Images
Esteban Ocon, da Force India, em Mônaco Imagem: Mark Thompson/Getty Images

Julianne Cesaroli

Colaboração para o UOL

18/09/2018 04h00

Com as últimas peças do mercado de pilotos se encaixando para o ano que vem, Esteban Ocon, um dos pilotos mais talentosos da nova geração, está sendo deixado de lado. Mas Toto Wolff, chefão da Mercedes e que gere a carreira do francês, acredita que é a politicagem, e não qualquer deficiência técnica, que está fazendo a diferença para o piloto.

Ocon está atualmente na Force India, mas perderá o lugar no ano que vem para Lance Stroll, cujo pai comprou a equipe. Já sabendo que isso aconteceria, Wolff buscou soluções para o futuro do piloto e disse que chegou a ter contratos praticamente fechados com Renault e McLaren. Mas acredita que os times deliberadamente trabalharam contra o acordo justamente por seu envolvimento.

Wolff, que é responsável por toda a operação da Mercedes na F-1, vem tentando aumentar sua influência política nos bastidores da categoria, mas acredita que justamente isso prejudicou a situação de Ocon.

“O que aconteceu neste ano em julho e agosto foi inacreditável. Havia tanta politicagem acontecendo nos bastidores, tanta coisa sendo escondida, mentiras, e isso significa que nem todos os bons pilotos vão acabar tendo vagas, e provavelmente Esteban será um deles. Mas vamos cuidar dele, ele é uma das estrelas do futuro. Estou 100% seguro disso”, disse Wolff.

“Em julho tínhamos duas equipes colocando contratos na mesa, e era só uma questão de escolher qual era o certo. E no final não tínhamos nada”, lamentou.

Perguntado se poderia liberar Ocon do programa de jovens pilotos da Mercedes, Wolff disse que não faria isso “nem em um milhão de anos”, pois acredita que o francês um dia estará na Mercedes “vencendo corridas e campeonatos e mostrando aos demais que eles cometeram um erro.”

O destino do piloto francês deve ser o papel de reserva da Mercedes, esperando por uma possível vaga em 2020, no lugar de Valtteri Bottas. Vendo pilotos com quem dividiu as pistas desde os tempos de kart, como Charles Leclerc, Pierre Gasly e Max Verstappen, em equipes grandes ano que vem, Ocon não esconde sua frustração. “Estou muito desapontado porque não são apenas resultados que contam, e sim outras coisas. É difícil acreditar que eu estava em uma ótima posição ano passado e isso desapareceu agora.”

Teoricamente, há nove vagas ainda abertas para o ano que vem, em Sauber, Williams, Force India, Haas e Toro Rosso. Mas quase todas estão pelo menos muito bem encaminhadas. Stroll e Sergio Perez serão companheiros na Force India, Kevin Magnussen e Romain Grosjean devem continuar na Haas, e Sergey Sirotkin e outro protegido da Mercedes, George Russell, devem formar a dupla da Williams.

Na Toro Rosso, são fortes os rumores de que Daniil Kvyat voltará ao programa da Red Bull. E na Sauber existe a dúvida se Marcus Ericsson continua ou Antonio Giovinazzi será promovido para correr ao lado de Kimi Raikkonen.

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