Ex-pilotos da Fórmula 1 defendem criação de divisão feminina na categoria
Ex-pilotos da Fórmula 1, o britânico David Coulthard e o alemão Timo Glock defenderam a criação de uma divisão feminina na principal categoria do automobilismo mundial. Em entrevista ao jornal alemão Rheinische Post, eles citaram exemplos de outros esportes para justificar a necessidade de uma modalidade para mulheres na F1.
"Acredito que haverá uma Fórmula 1 para mulheres. Como no tênis, no futebol, ou outros esportes, as mulheres competem entre si em suas próprias competições. Acho que é uma ideia bastante sensata", disse Coulthard, que competiu na categoria entre 1994 e 2008 e foi vice-campeão na temporada 2001, pela McLaren.
Glock também seguiu a linha de pensamento do britânico, mas alertou para a possibilidade de falta de competidoras dispostas a ingressar na categoria.
"A questão é criar em paralelo uma Fórmula 1 para mulheres. Como no futebol, que há masculino e feminino. Não sei se há mulheres suficientes que se atreveriam. Mas em quase todos os esportes é assim", destacou o alemão, que teve passagens pela F1 em 2004 e entre 2008 e 2012. Desde 2013, ele compete no DTM, Campeonato Alemão de Turismo.
Ao longo da história, apenas nove mulheres ingressaram na Fórmula 1, como piloto de testes ou disputando corridas oficiais. A última representante a ser inscrita em um Grande Prêmio foi a italiana Giovanna Amati, pela Brabham, em 1992. Na ocasião, ela não se classificou para largar em três provas e foi substituída por Damon Hill.
Em março deste ano, a espanhola Carmen Jordá, ex-piloto de testes da Lotus e Renault, causou polêmica ao declarar que as mulheres não tinham sucesso na Fórmula 1 por conta da questão física.
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