Vettel tenta iniciar virada na Rússia em meio a guerra interna na Ferrari
É ponto pacífico no paddock da Fórmula 1 que a Ferrari tinha potencial para vencer as seis últimas corridas disputadas. Mas os resultados indicam quatro conquistas de Lewis Hamilton e apenas duas de Sebastian Vettel, o que explica em grande parte a ampla vantagem de 40 pontos que o inglês conseguiu abrir no campeonato.
Estas derrotas tiveram motivos variados, desde erros do próprio Vettel a falhas de estratégia e classificações mal executadas pelo time, mas revelam um nervosismo interno que vem crescendo a cada etapa.
Não coincidentemente, essa série de erros começou em meados de julho, quando a Ferrari perdeu sua figura central em termos de comando: o presidente Sergio Marchionne, que tinha grande influência dentro da equipe de F-1. Marchionne foi internado para uma cirurgia no ombro, sofreu uma trombose e faleceu dias depois, no final de julho.
A morte repentina trouxe uma série de problemas para a Ferrari: o primeiro deles foi o contrato que o ítalo-canadense tinha assinado com Charles Leclerc para a temporada 2019. A nova direção, comandada por Louis Camilleri e apoiada pelo chefe da equipe Maurizio Arrivabene e por Vettel, queria a manutenção de Kimi Raikkonen e tentou o cancelamento do contrato. Mas isso não foi possível e o monegasco foi confirmado como piloto da Scuderia para o ano que vem.
Mas os problemas causados pela lacuna deixada por Marchionne não pararam por aí. O ex-presidente era entusiasta do grupo liderado pelo diretor técnico Mattia Binotto, que vinha sendo mais ouvido que o próprio Arrivabene e tinha como objetivo substituir o chefe. Mas, com Camilleri, Arrivabene ganhou força e isso acabou gerando um racha dentro da equipe.
Vendo a situação política ameaçar seriamente a conquista de ambos os campeonatos - além do mundial de pilotos, a Ferrari também perdeu a liderança do campeonato de construtores - Sebastian Vettel vem tentando levantar o moral da equipe antes do GP da Rússia, que será disputado neste final de semana.
“Houve corridas no passado que deveríamos ter vencido e não vencemos”, reconheceu. “Já está no final do ano, todos tiveram uma temporada muito dura mas, honestamente, tem sido muito animador ver a reação dos mecânicos depois de corridas muito decepcionantes. Todos estão muito motivados e dizendo coisas legais para mim. E acho que isso tem ajudado a superar essas corridas.”
Na Rússia, pelo menos no papel, Vettel tem mais uma chance de tirar pontos de Hamilton. Apesar da Mercedes nunca ter perdido em Sochi, o motor ferrarista evoluiu consideravelmente no último ano, e a pista russa é marcada pelas longas retas. O GP da Rússia, que tem classificação às 9h da manhã pelo horário de Brasília, no sábado, e largada às 8h10 do domingo, é a 16ª de 21 etapas do mundial.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.