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5 motivos para acreditar que Hamilton vai alcançar as 91 vitórias de Schumi

Lewis Hamilton, da Mercedes, comemora vitória no GP do Japão - Issei Kato/Reuters
Lewis Hamilton, da Mercedes, comemora vitória no GP do Japão Imagem: Issei Kato/Reuters

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Tóquio (Japão)

08/10/2018 09h03

A sequência de seis vitórias nas últimas sete corridas na Fórmula 1 vem deixando Lewis Hamilton cada vez mais perto de uma marca que muitos achavam ser quase impossível de ser batida: as 91 vitórias de Michael Schumacher. Com a conquista no GP do Japão, no último domingo, Hamilton chegou a sua vitória de número 71.
Outro quesito em que Hamilton pode superar Schumacher é em número de pódios. O inglês tem atualmente 131, contra 155 do alemão.
Mas será que ele chega nos recordes do heptacampeão? Listamos 5 motivos para acreditar que sim:

1. Hamilton tem tempo: aos 33 anos, o inglês ainda tem pela frente pelo menos mais duas temporadas de contrato, o que significa um total de 46 corridas. Isso se o calendário permanecer com 21 provas - há grandes chances de expansão em 2020. Quando anunciou a renovação com a Mercedes, Hamilton deixou em aberto se esse será realmente seu último contrato na F1. Sua permanência vai depender muito dos caminhos que a categoria tomar na extensa mudança programada para 2021.

2. Média já é melhor que Schumacher: Hoje Hamilton venceu 31% das provas que disputou, enquanto a média de vitórias de Schumacher foi de 29%. Embora isso signifique que, seguindo essa média, ele precisaria de mais do que as 46 provas que tem no atual contrato para chegar às 91 conquistas, seus números nos últimos cinco anos com a Mercedes são superiores. Em 96 GPs, ele venceu 49, ou seja, 51% das provas.

3. Faltam rivais: Sebastian Vettel chegou a ameaçar o reinado de Hamilton, mas a jovem equipe que comanda a parte técnica e de estratégia da Ferrari deu mostras de ainda não ser páreo para a Mercedes - além do próprio Vettel ter somado mais erros que Hamilton nos dois anos em que disputou o título com o inglês. Dentro da Mercedes, Valtteri Bottas raramente consegue bater Lewis, e a Red Bull, com Max Verstappen, precisará de tempo para crescer com o motor Honda, que vai adotar a partir do ano que vem.

4. Mercedes seguirá forte: Desde 2014, o time alemão vem dominando a F-1 e, com a manutenção de seu corpo técnico para o ano que vem, tudo indica que isso deve continuar mesmo com uma mudança de regras que vai alterar as asas dianteira e traseira ano que vem. O novo regulamento que pode gerar uma mudança mais radical na relação de forças estreará apenas em 2021.

5. Inglês vive melhor fase: o próprio Hamilton vem salientando o quanto sente que evoluiu nas últimas temporadas. Em seu 12º ano na Fórmula 1, ele se tornou um piloto que dificilmente erra, tanto nas classificações (Hamilton é dono do recorde absoluto de pole positions, com 80), quanto nas ultrapassagens.

Hamilton está muito perto de faturar o quinto título da carreira e ficar a dois do recorde estabelecido por Schumacher. Para isso, ele precisa fazer pelo menos oito pontos a mais que Sebastian Vettel na próxima etapa, nos Estados Unidos. Isso significa, por exemplo, que se Hamilton vencer e Vettel for o terceiro, o título é do inglês. Caso o alemão não pontuar, o piloto da Mercedes precisa apenas de um sexto lugar.

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