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Fittipaldi nega problemas financeiros: "Tenho patrimônio para pagar todos"

Emerson Fittipaldi disse estar tranquilo financeiramente - Luiza Oliveira/UOL
Emerson Fittipaldi disse estar tranquilo financeiramente Imagem: Luiza Oliveira/UOL

Marcus Alves

Colaboração o UOL, de Mônaco (FRA)

17/02/2019 14h24

O ex-piloto Emerson Fittipaldi negou qualquer novo problema com as suas finanças. Depois da Justiça de São Paulo ter bloqueado recentemente contas bancárias ligadas ao bicampeão mundial de Fórmula 1 e de sua empresa EF Marketing e Comunicação e não encontrar nenhum centavo para saldar dívidas, ele assegurou ter "patrimônio para pagar todo mundo" e deixou claro que trabalha para recuperar a sua situação: "Se Deus quiser".

Conforme revelado pelo UOL Esporte, após verificar o saldo de nove instituições bancárias, a Justiça não encontrou nenhum recurso financeiro para executar um processo movido pelo Banco do Brasil no valor de R$ 560.694,50.

O caso se arrasta faz praticamente cinco anos e ainda não teve qualquer solução. Em dezembro de 2012, segundo informado pelo banco à Justiça, Fittipaldi pegou crédito de R$ 195.595,73 para financiamento na área rural, mas, conforme alegado na ação, o empresário não pagou qualquer parcela.

"Já estava tudo feito. Estou recuperando, estou em recuperação. Fizeram isso para mandar uma notícia ruim, estou nem aí. Isso já está acontecendo há muito tempo. Estou recuperando, se Deus quiser, tenho patrimônio para pagar todo mundo, estamos lutando para recuperar", afirmou Fittipaldi, em contato com a reportagem no principado de Mônaco, antes da realização do prêmio Laureus, mais conhecido como Oscar do Esporte, nesta segunda-feira (18).

"Acreditei num Brasilzinho, investi muito na usina de etanol, que era o plano do Lula e da Dilma, quebraram tudo. Por que o que eles fizeram? Usaram a Petrobrás com a gasolina e deixaram o programa de etanol para fora, que era a solução do interior do Brasil", prosseguiu.

"Quantas usinas poderiam estar gerando empregos? Minha usina no Mato Grosso do Sul iria dar 4.500 mil empregos direto, em uma cidade muito pequena. Ia praticamente sustentar a cidade. Tivemos que abandonar o projeto porque o Lula? Investi dinheiro no pré-sal numa usina que ia ser o futuro do Brasil, um combustível autossuficiente", completou.

Ele realçou a sua confiança no governo Bolsonaro, que apoia desde a fase de campanha eleitoral, para reverter o panorama no país.

"Agora, acredito muito no governo novo que vai dar chance de reestruturar o Brasil e dar chance de mais cultura para o brasileiro", disse.

O acordo com o Banco do Brasil estabelecia a emissão do crédito em 15 parcelas, com início em 10 de janeiro de 2013 e vencimento em 10 de março de 2014. A instituição cobra na Justiça o valor concedido a Fittipaldi com juros e correções. No contrato firmado entre as partes, foi colocada como garantia a "Fazenda Fitti", localizada em Araraquara-SP. 

Mas a área de propriedade de Fittipaldi colocada como penhora havia sido arrendada anteriormente a uma empresa para produção de açúcar e álcool. 

Em julho de 2016, a Justiça determinou a impugnação à penhora da fazenda do ex-piloto na ação movida pelo Banco do Brasil.

Com o cancelamento da penhora da fazenda, e após buscas infrutíferas de outros bens como garantia, o Tribunal ordenou o rastreamento das contas bancárias ligadas ao bicampeão mundial da Fórmula 1.

Um dos maiores pilotos da história do Brasil, Fittipaldi está reunido ao lado de outros grandes nomes do esporte neste fim de semana, em Mônaco, e chegou para evento do Laureus neste domingo (17) acompanhado do atacante Rony Lopes, com quem almoçou e lhe deu carona até o hotel.

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