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Fórmula 1

Duelo restrito e Leclerc como surpresa são apostas de pilotos para a F1

Sebastian Vettel Lewis Hamilton Mercedes Ferrari Monza - Charles Coates/Getty Images
Sebastian Vettel Lewis Hamilton Mercedes Ferrari Monza Imagem: Charles Coates/Getty Images

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Melbourne (AUS)

14/03/2019 05h14

Não tem sido exatamente difícil prever o que vai acontecer na Fórmula 1 nos últimos anos: depois da Mercedes dominar entre 2014 e 2016, a Ferrari cresceu a partir de 2017 e se tornou a grande desafiante, buscando um título que não vem desde o Mundial de Construtores de 2008. E, para o campeonato que começa neste final de semana, na Austrália, os brasileiros Felipe Massa, Felipe Nasr e Nelsinho Piquet, ouvidos pelo UOL Esporte, apostam que não haverá grandes novidades.

"Para variar, Mercedes e Ferrari estarão fortes. A Red Bull é uma incógnita e o resto vai ser o resto. A não ser que haja uma surpresa muito grande, não acho que vai mudar muito em relação ao ano passado", acredita Piquet, piloto da Jaguar na Fórmula E.

O diagnóstico é semelhante ao de Nasr, que também está na F-E, além de disputar o campeonato de endurance da IMSA, do qual é o atual campeão. "Não acompanhei muito mas acho que a briga continua entre Ferrari e Mercedes. Ou seja, a F-1 continua limitada à disputa entre duas equipes."

Torcida pela Ferrari

Felipe Massa, por sua vez, não esconde a torcida para que a Ferrari saia da fila, e aposta que o novo recruta da Scuderia, Charles Leclerc, vá surpreender. "Acho que não vai mudar muito para falar a verdade, até porque a Ferrari também começou muito bem ano passado. Mas o campeonato é longo e tomara que seja um ano em que outra equipe vença - e a Ferrari é quem parece estar mais perto. Vou torcer pela Ferrari e pelo Charles (Leclerc). Ele vai impressionar, sem dúvida", disse o piloto da Venturi, também da Fórmula E.

Perguntado sobre o desafio que o novo chefe Mattia Binotto tem de conduzir a Ferrari de volta aos títulos, Massa deu a entender que o ex-diretor técnico, com o qual o brasileiro trabalhou em seus anos de Ferrari, é o homem indicado para a função.

"É uma equipe difícil de ser liderada. Tem muita coisa que acontece ao mesmo tempo, muita pressão e expectativa, sempre. A Ferrari precisa de um pouco mais de calma. E o Binotto é um cara pé no chão, tranquilo. Vamos ver se isso pode ser interessante para a mudança de que a Ferrari precisa."

Além de Binotto, que assumiu o controle da Ferrari no início do ano, outra novidade para 2019 são os quatro estreantes, dentre os quais George Russell, da Williams, se destaca, de acordo com Piquet. "Acho que o Russell tem o melhor pedigree. Mas infelizmente vai ter o pior carro. Na F-1, muitas vezes você ser bom não interessa porque tem dessas coisas. Mas, se ele se mostrar constante, talvez ele tenha uma chance de ir para uma equipe melhor depois."

A temporada da Fórmula 1 começa neste final de semana, na Austrália, com treinos livres a partir das 22h desta quinta-feira, pelo horário de Brasília. A corrida será às 2h10 da madrugada do domingo.

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