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Pilotos da F-1 fazem "hora extra" em equipe de automobilismo virtual

Max Verstappen (Fórmula 1) - Reprodução/Twitter
Max Verstappen (Fórmula 1) Imagem: Reprodução/Twitter

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Londres (ING)

03/05/2019 04h00

Imagine entrar em um campeonato de automobilismo virtual e descobrir que você, na verdade, está correndo contra um piloto de Fórmula 1. Isso é mais comum do que parece. Lando Norris e Max Verstappen, juntamente do piloto de desenvolvimento da McLaren Rudy van Buren, são os mais assíduos nas competições e até têm uma equipe, chamada Redline. E garantem que não são os únicos.

"Vários pilotos da 'vida real' e os melhores pilotos virtuais costumam competir juntos. É muito duro, porque muitos deles são melhores do que eu", disse Norris ao UOL Esporte. "Mas é bom porque isso te torna melhor. Às vezes eu tenho que dar duro para chegar perto deles, e isso é divertido."

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A McLaren de Norris é a equipe que mais vem apostando no automobilismo virtual, tendo recentemente contratado o brasileiro Igor Fraga, que acaba sendo rival do piloto titular, pois representa a McLaren Shadow, enquanto Norris fica com seu Redline. "Mas ainda não corri contra ele."

Norris, de 19 anos, e Verstappen, de 21, são os dois grandes fãs e defensores dos simuladores no grid atual da Fórmula 1 e acreditam que eles ajudaram na rápida ascensão que tiveram na carreira. "Não posso quantificar a importância", disse Norris. "Acho que ajuda, porque eu ainda aprendo coisas sobre a pilotagem. É claro que ajuda mais quando você está aprendendo, antes de chegar na F1. Então acho que é definitivamente importante para os pilotos jovens."

Para Verstappen, não há muitas diferenças entre a vida real e os simuladores. "Estou basicamente fazendo a mesma coisa: tentando ser o melhor, fazer as melhores voltas, conseguir o melhor acerto para saber como ser mais rápido. Você vê seus 'onboards' e sua telemetria para tirar o máximo. Então basicamente estou fazendo as mesmas coisa, só que vem a força G. No mundo virtual você tem que ter um bom acerto e é o mesmo que eu faço no carro. Então, você aprende muito", disse também ao UOL Esporte.

Mesmo conseguindo levar os ensinamentos para a pista, Norris também aponta a falta de força G como um diferencial negativo dos simuladores.

"As coisas mais difíceis de reproduzir são a força G e o medo. E, obviamente, as condições, como por exemplo o vento, essas coisas, são as mesmas no simulador. Então quando você chega à perfeição no simulador, pode continuar fazendo a mesma coisa porque não muda nada. Às vezes, em alguns simuladores, você tem mudanças de temperatura de pista, mas você não chega em uma curva e, de repente, sente que tem um vento desestabilizando, como acontece na F1. No simulador, é uma questão de perfeição, porque tudo continua igual, então você não tem de se adaptar."

Mas, afinal de contas, quem é o melhor na equipe Redline? "Depende", diz Verstappen. "Ele treina muito e eu treino muito! Mas o que é mais importante quando estamos juntos é nos divertirmos, mas em termos de tempo de volta é bem parelho."

Quem quiser ver Norris e Verstappen em ação tem a chance por meio do aplicativo Twitch, no qual o inglês tem um canal em que transmite as corridas ao vivo.

Na vida real, os dois voltam à ação para o GP da Espanha, que será realizado dia 12 de maio.

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