Hamilton relembra racismo na infância: "Sei como é ser intimidado"
Você imaginaria que Lewis Hamilton, cinco vezes campeão mundial da Fórmula 1, foi uma criança insegura e vítima de bullying? Sim, ele foi. Hoje, o piloto da Mercedes deu um depoimento emocionante sobre confiança, aceitação e contou como o caratê o ajudou na infância.
"Eu sei o que é se sentir como um estranho. Quando criança, eu sempre fui a última escolha para as equipes no parquinho. Eu era uma das três crianças negras da minha escola. Eu conheço a tristeza que vem com a sensação de que você não se encaixa ou não é aceito por quem você é. E eu sei como é ser intimidado por isso também", começou contando Hamilton."
E a solução encontrada pelo piloto foi pedir ao pai para praticar caratê, buscando alguma forma de defesa pessoal.
"Mas no fundo eu sempre tive autoconfiança. Uma positividade de que as coisas deveriam e poderiam ser melhores. Eu sabia que se eu quisesse que as coisas mudassem, eu teria que ser destemido", disse.
A modalidade escolhida por Hamilton ajuda na concentração, além de justamente desenvolver a autoconfiança e o sentimento de segurança. E foi isso o que aconteceu com o piloto ainda na infância.
"O caratê me ensinou disciplina, respeito e humildade, e me deu a confiança necessária para enfrentar esses valentões e defender os que estavam sendo vítimas de bullying", continuou. Na publicação do Instagram, Hamilton aparece vestindo um kimono e simulando alguns golpes.
Ao final do depoimento, o piloto ainda incentivou as crianças a lutarem contra o bullying e aceitarem as diferenças.
Confira o depoimento de Hamilton na íntegra:
Eu sei o que é se sentir como um estranho. Quando criança, eu sempre fui a última escolha para as equipes no parquinho. Eu era uma das três crianças negras da minha escola. Eu conheço a tristeza que vem com a sensação de que você não se encaixa ou não é aceito por quem você é. E eu sei como é ser intimidado por isso também.
Na escola, eu era pequeno, sozinho e um alvo fácil para as crianças maiores. Eu me defenderia, mas geralmente estava em desvantagem e não sabia como me defender. Lembro-me de estar sentado na parte de trás do carro com meu pai e minha mãe, estando tão triste por dentro, mas com vergonha de contar a eles.
Mas no fundo eu sempre tive autoconfiança. Uma positividade de que as coisas deveriam e poderiam ser melhores. Eu sabia que se eu quisesse que as coisas mudassem, eu teria que ser destemido. Se meus professores não ajudassem, eu teria que aprender como me defender. Então, sentei naquele carro, perguntei ao meu pai se eu poderia ir para o caratê.
O caratê me ensinou disciplina, respeito e humildade, e me deu a confiança necessária para enfrentar esses valentões e defender os que estavam sendo vítimas de bullying. Este foi um dos melhores sentimentos quando cheguei ao ensino médio, sendo capaz de defender os outros e oprimir os valentões.
O bullying não deve ser tolerado, as escolas devem ser duras com o bullying, e os pais deem aos seus filhos as ferramentas para se defenderem. E crianças, POR FAVOR, não fiquem caladas. Não se esconda ou mude quem você é - ABRACE O QUE O FAZ DIFERENTE e diga a seus pais e professores se você está sendo intimidado. E, se você puder, vá para a aula de defesa. No final, embora você não sinta, você é forte. Eu acredito em você.
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