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Com Parkinson e Alzheimer, ídolo da NFL tenta transformar futebol americano

Gastineau fez história como defensor dos Jets - Al Bello/Getty Images
Gastineau fez história como defensor dos Jets Imagem: Al Bello/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

10/02/2017 06h00

Há cerca de um ano, ele foi diagnosticado com demência, doença de Parkinson e de Alzheimer. Muito provavelmente, tudo causado pelo futebol americano. Mas Mark Gastineau, ídolo do New York Jets, preferiu não desanimar. Em vez disso, usa seu exemplo para ensinar os jovens fãs do esporte a se protegerem para que no futuro não tenham os mesmos problemas que ele.

"Minha primeira reação foi de não acreditar nos exames. Eu não podia acreditar. A segunda foi pensar como eu posso ajudar quem está entrando na NFL. É disso que se trata", recordou o ex-jogador ao Daily News.

Gastineau, hoje com 60 anos, defendeu os Jets entre 1979 e 88. Foi um dos maiores defensores de sua geração e considerado o oitavo melhor pass rusher (aquele que pressiona o quarterback) da história da NFL. Ele, no entanto, diz que não sabia se proteger adequadamente.

"Eu usava a cabeça o tempo todo [nos choques]. Sei que se tivesse aprendido as técnicas que ensino agora para os jovens eu provavelmente não teria os problemas que tenho hoje", argumentou.

Em meio à crescente preocupação nos Estados Unidos quanto aos riscos dos choques comuns no futebol americano, Gastineau quer ser um exemplo para que as coisas melhorem. Por meio de duas entidades, ele ensina técnicas para reduzir tais riscos. Tenta fazer com que as causas de seus problemas sejam amenizadas para os futuros jogadores.

"No final da vida, quando recebe uma notícia como a minha, você pode escolher fazer disso uma notícia ruim ou transformá-la em uma boa", defende Gastineau.

O positivismo diante das doenças que descobriu vem de sua própria experiência. Quando criança, ele sofreu uma fratura tão grave na perna que os médicos disseram que ele nunca mais andaria. Gastineau não só voltou a andar como chegou a competir em rodeios antes de se tornar uma lenda do futebol americano, do qual não guarda mágoa, aparentemente.