Em conflito com times da NFL, Trump já quis comprar franquia da liga
Donald Trump conseguiu transformar um protesto que nada tinha a ver com ele em uma manifestação anti-Trump. Irritado com o gesto de ajoelhar durante o hino dos Estados Unidos feitos pelos jogadores da NFL, a liga de futebol americano, o presidente passou a entrar em rota de colisão com o esporte. O curioso, porém, é que por quase 40 anos, o sonho do magnata foi fazer parte da modalidade que hoje ele tenta minar.
Para conseguir fazer parte da NFL, Trump apostou em um caminho alternativo nos anos 1980. Em 1984, o magnata adquiriu o New Jersey Generals, da liga alternativa USFL. A estratégia do agora presidente dos EUA era forçar a NFL a se fundir com a USFL, algo parecido com o que ocorrera nos anos 1960, quando a NFL se fundiu com a AFL.
O plano de Trump, contudo, foi por água abaixo em 1986, quando a USFL chegou ao fim, assim como o New Jersey Generals. Restava ao magnata, então, o caminho tradicional: tentar comprar uma franquia da NFL.
E a estratégia foi colocada em prática em 2014, quando Ralph Wilson, dono do Buffalo Bills morreu. Trump ofereceu US$ 1 bilhão para adquirir a franquia. O magnata acabou superado por Terry Pegula, bilionário do ramo de gás, que desembolsou US$ 1,4 bilhão.
Com mais um tiro n’água, Trump fez o que já ficou famoso por fazer: criticar no Twitter. Logo após a tentativa falha de comprar o Bills, o magnata reclamou da franquia: “Mesmo que eu tenha me recusado a pagar um preço ridículo pelo Buffalo Bills, eu teria produzido um time vencedor. Agora, isso não vai acontecer”.
Mas as críticas de Trump não pararam no Buffalo Bills. O magnata atacou também a própria NFL: “Os jogados da NFL estão tão chatos que fico feliz de não ter comprado o Bills. Jogo chato, muitas bandeiras, muito suave”, escreveu no Twitter.
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