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Trump diz que não gostaria que filho jogasse futebol americano: "Perigoso"

Segundo Donald Trump, seu filho Barron, de 12 anos, "joga bastante futebol e adora o esporte" - Brendan Smialowski/AFP
Segundo Donald Trump, seu filho Barron, de 12 anos, "joga bastante futebol e adora o esporte" Imagem: Brendan Smialowski/AFP

Do UOL, em São Paulo

03/02/2019 20h21

Apesar de ser fã de futebol americano, o presidente Donald Trump admitiu que não aconselharia seu filho mais novo, Barron, de 12 anos, a praticar o esporte. Em entrevista ao programa "Face the Nation", exibido pela emissora CBS neste domingo (3), o republicano classificou a modalidade como "perigosa" e declarou que teria dificuldades em aceitar caso o garoto quisesse praticá-la. 

"Se ele quiser [jogar]? Sim [eu deixaria]. Se eu vou direcioná-lo a isto? Não", disse Trump. "Eu já vi jogadores da própria NFL [liga norte-americana da modalidade] dizendo que não deixariam seus filhos praticarem o esporte. Isto não é algo decidido, mas seria muito difícil para eu aceitar caso ele escolhesse [jogar futebol americano]", argumentou o presidente. 

Apesar de ver a NFL como um "excelente produto" e observar evoluções nas proteções usadas pelos jogadores, Trump se baseia em relatórios divulgados pela própria liga sobre lesões de jogadores. "Eu odeio dizer isso porque eu amo muito futebol americano, mas eu realmente penso nele."

Filho mais novo de Trump, e o único dele com a primeira-dama Melania, Barron "joga bastante futebol, e está adorando", segundo o próprio presidente. Como publicado por alguns veículos de imprensa dos Estados Unidos, em 2017, o garoto foi aceito nas categorias de base do D.C. United, clube que disputa a Major League Soccer (liga norte-americana de futebol) e tem como principal estrela o atacante inglês Wayne Rooney. 

Estas ponderações, no entanto, contrastam com opiniões expressas pelo próprio Trump em 2017, durante um discurso no Alabama, quando ainda era candidato à presidência pelo Partido Republicano. À época, ele afirmou que os árbitros estavam "arruinando o jogo" por marcarem faltas em tackles muito duros. 

"Hoje, se você se choca muito forte, [penalização de] 15 jardas, ou expulsam os jogadores. Eu vi isso na semana passada. Assisti por alguns minutos. Dois caras, sério, um tackle lindo: 15 jardas! O juiz aparece na televisão, e a mulher dele sentada em casa fica muito orgulhosa. Eles estão arruinando o jogo. É isso o que eles querem. Eles querem se acertar. Isso está machucando o esporte", declarou o então candidato. 

No último dia 24 de janeiro, a NFL divulgou um relatório informando que, durante a temporada regular de 2018, o número de concussões caiu 29% em relação ao ano anterior. Ao todo no período, foram registradas 135 casos, contra 190 em 2017. Somando também as partidas da pré-temporada, o número total foi de 214, diante de 281 no período precedente, o que representa uma queda de 23,8%. Estes números são relativos a concussões sofridas por jogadores tanto em partidas como em treinamentos.