Nome completo | Antônio de Oliveira Filho |
Posição | Atacante |
Data de nascimento | 05/10/1960 |
Nacionalidade | Brasileira |
Local de nascimento | Araraquara (SP) |
Altura | 1,79m |
Peso | 75kg |
Estreia | Guarani 2 x 1 Bahia (30/3/1978) |
O melhor em 40 anos
Ele é considerado, ao lado do santista Coutinho, o melhor centroavante brasileiro de 1960 para cá. Técnico, hábil, Antônio de Oliveira Filho, o Careca, foi campeão brasileiro pelo Guarani logo em sua primeira temporada como profissional, em 1978. Tinha, então, 17 anos de idade e foi vital para a conquista do título.
No primeiro jogo da final, contra o Palmeiras, no Morumbi, provocou o goleiro Leão, que o agrediu por trás. O pênalti foi marcado, e Leão, expulso. Careca cobrou sem chances para Escurinho, jogador de linha improvisado como goleiro. No jogo decisivo, Gilmar estava no gol palmeirense, e Careca marcou o gol da vitória por 1 x 0, em Campinas.
A partir daí, em cinco anos como profissional do Bugre, chegou a exatos 109 gols. Em janeiro de 1983, quando ainda se recuperava de uma contusão no joelho que o tirou do Mundial de 82, Careca mudou-se para o São Paulo. Devido a problemas físicos, demorou a se adaptar. Mas, quando o fez, retribuiu a paciência da torcida tricolor com títulos e muitos gols.
Mais precisamente 114, entre as vitoriosas campanhas dos Campeonatos Paulista de 1985 e Brasileiro de 1986. Nesse último, a final foi justamente contra o Guarani, time que o revelou e vencia a prorrogação por 3 x 2 até o último minuto, em Campinas. Foi quando Careca acertou um tiro fulminante e salvador, de esquerda (ele é destro), e levou a decisão para os pênaltis. Errou a sua cobrança, mas os companheiros fizeram o suficiente para garantir a vantagem (4 x 3) e levar o título nacional daquele ano.
No Napoli, onde jogou de 1987 a 1993, Careca foi uma espécie de vice-rei do argentino Diego Maradona. Juntos, eles conquistaram um Campeonato Italiano e uma Copa da Uefa. Antes de encerrar a carreira, Careca ainda encontrou tempo para levar o Kashiwa Reysol, do Japão, à primeira divisão e jogar pelo menos algumas partidas pelo Santos, seu time do coração. Ainda bateu uma bola com o ex-companheiro Edmar em seu próprio clube, o Campinas.
Careca só não teve muita sorte, mesmo, em Copas do Mundo. Cortado por contusão em 1982, ele tinha tudo para estourar em 1986, no México. No jogo contra a Irlanda, Careca e Zico, que voltava de uma séria contusão, começavam a exibir um ótimo entrosamento. Mas o Brasil tropeçou contra a França, justamente depois de Careca abrir o placar. Ele acabou vice-artilheiro daquele Mundial, mas ainda teria a chance de se consagrar em 1990, na Itália.
Era o titular e a esperança de gols brasileira, mas depois do primeiro jogo decepcionou. O medíocre time de Lazaroni também não ajudou muito, e o Brasil foi eliminado logo nas Oitavas-de-Final, pela Argentina de Maradona. Careca ainda jogaria três anos pela Seleção, até abandonar o grupo nos preparativos para o Mundial de 94. Ele sabia que seu melhor momento já havia passado e preferiu sair de cena.
Análise técnica
Cabeceio - Bom.
Chute
Pé direito - Forte e bem colocado.
Pé esquerdo - Fraco.
Velocidade - Excelente.
Habilidade - Excelente e até incomum para um homem de área.
Posicionamento - Muito bom.
Marcação - Não era exigida dele.
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