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Biografias

Leão
Nome completoÉmerson Leão
PosiçãoGoleiro
Data de nascimento11/07/1949
NacionalidadeBrasileira
Local de nascimentoRibeirão Preto - SP
Altura1,80m
Peso82kg
Estreiapelo São José

História

  • São José-SP: 1967 - 1967
  • Comercial (SP): 1968 - 1968
  • Palmeiras: 1969 - 1978
  • Vasco: 1978 - 1980
  • Grêmio: 1980 - 1982
  • Corinthians: 1983 - 1983
  • Palmeiras: 1984 - 1986
  • Sport: 1987 - 1987
  • Copa do Mundo - 1970 - Brasil
  • Campeonato Paulista - 1972 - Palmeiras
  • Campeonato Brasileiro - 1972 - Palmeiras
  • Campeonato Brasileiro - 1973 - Palmeiras
  • Campeonato Paulista - 1974 - Palmeiras
  • Campeonato Paulista - 1976 - Palmeiras
  • Campeonato Gaúcho - 1980 - Grêmio
  • Campeonato Brasileiro - 1981 - Grêmio
  • Campeonato Paulista - 1983 - Corinthians
  • 1972 - Palmeiras
  • Bola de Prata da revista "Placar"
  • 1978 - Brasil
  • Recorde de invencibilidade (ficou 457 minutos sem levar gol)

Polêmica unanimidade

Provocar polêmicas nunca foi problema para Leão. Ele chocou a torcida posando para anúncio de cuecas, inovou no visual das camisas de goleiro (adotou as vestimentas com listras horizontais), comprou discussões com técnicos, dirigentes, adversários, jornalistas e, às vezes, até com companheiros de equipe. Foi considerado por muitos uma personalidade arrogante e vaidosa, regularmente apontado pelo público feminino como o jogador de futebol mais bonito do Brasil.

Mas Leão conseguiu provar que o seu verdadeiro talento estava dentro de campo. Na década de 70, ele representou para a Seleção Brasileira o que Gilmar foi na década de 50. Em 1970, com pouco mais de 20 anos e apenas dois de carreira, ele foi para o México como terceiro goleiro da seleção que conquistou o tri mundial. Mesmo com a pouca idade, diziam que tinha talento até para ser titular.

O que ficou provado nas duas edições seguintes do Mundial, quando Leão não deu chance a ninguém. Em 1974, na Alemanha Ocidental, ele não conseguiu segurar o ataque da Laranja Mecânica holandesa, mas sua autoridade como titular absoluto não foi abalada.

Em 1978, na Argentina, conseguiu a proeza de permanecer 457 minutos sem levar gols. Para as seleções da Fifa, seu nome era sempre lembrado, numa época em que o mundo contava com excelentes goleiros, como o argentino Fillol, o alemão Sepp Maier e o italiano Dino Zoff.

Quando voltou do México em 1970, Leão começou sua trajetória de um dos líderes da Academia palmeirense da década de 70. Com suas defesas seguras e personalidade marcante, foi duas vezes campeão paulista e duas vezes campeão brasileiro pelo Verdão, que deixaria em 1978.

Sua saída do Palmeiras, aliás, foi um dos momentos mais tristes e polêmicos de sua carreira. No primeiro jogo da final do Brasileiro de 1978, no Morumbi, contra o Guarani, Leão cometeu pênalti dando um soco na nuca do centroavante Careca. Pelo ato, foi expulso, forçando o Palmeiras a colocar o jogador de linha Escurinho no gol.

Escurinho não pegou o pênalti, o Guarani venceu e, no segundo jogo, em Campinas, o reserva Gilmar assumiu o gol palmeirense. Leão foi crucificado, brigou com todos no clube e abandonou o Parque Antarctica dizendo que nunca mais vestiria a camisa do alviverde.

Depois de uma passagem pelo Vasco, foi para o Rio Grande do Sul, onde liderou o elenco do Grêmio que conquistou o Campeonato Brasileiro em pleno Morumbi contra o São Paulo, em 1981. A tensão dentro de campo era tanta que Leão, o agressor de 1978, dessa vez foi vítima de um chute de Serginho, o centroavante tricolor.

Mas nem esse título serviu para que ele fosse chamado pelo técnico Telê Santana para a Seleção que disputou o Mundial de 1982, na Espanha. Em 1983, depois de passar pelo Corinthians, o arqueiro acabou descumprindo a promessa que fez após o Brasileiro de 78: voltou ao Palmeiras.

Suas boas atuações fizeram com que ele fosse finalmente lembrado por Telê Santana. Leão voltou à Seleção Brasileira na Copa do México, de 1986, mas a condição de terceiro goleiro nunca o satisfez. Por esse fim de carreira melancólico na Seleção, o goleiro nunca fez questão de esconder a mágoa que tinha de Telê. Leão ainda passou pelo Sport-PE antes de pendurar as luvas de vez.

Tornou-se então técnico, bastante respeitado na sua nova carreira, apesar de não conseguir muitos títulos importantes. Mesmo assim, ele venceu a disputa pelo cargo de técnico da Seleção Brasileira na renovação feita em outubro de 2000: foi escolhido pelo coordenador técnico Antônio Lopes para o lugar de Wanderley Luxemburgo.

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