História

Um dos principais jogadores do futebol pernambucano da primeira metade da década de 80, Baiano era um meia-atacante que gostava de atuar próximo à área e, principalmente, de fazer gols. Destro, excelente cobrador de faltas, dono de um drible curto, uma cabeceada mortal e uma grande visão de jogo. Não à toa, apesar de ser capixaba, Baiano era apontado como uma espécie de versão nordestina de Zico.

Curiosamente, logo depois que despontou para o cenário nacional, pelo Santa Cruz, após de ter marcado 38 gols no Campeonato Pernambucano de 1981, foi contratado pelo rival do Rubro-negro carioca, o Fluminense, em 82. No futebol carioca, no entanto, não conseguiu reeditar o mesmo sucesso. Assim, meses depois retornava a Pernambuco. Após uma briga de bastidores entre Sport e Náutico, acabou indo para o time dos Aflitos. E foi lá onde viveu a sua melhor fase.

Baiano marcou nada menos que 40 gols no Campeonato Pernambucano de 82. Apesar de o Náutico não ter conquistado o título, que ficou com o Sport, o meia recebeu o troféu Chuteira de Ouro, concedido na época ao maior artilheiro dos estaduais. No ano seguinte, repetiu a dose, com mais 40 gols, no torneio vencido pelo Santa Cruz.

Nos anos seguintes, apesar de não ter terminado o Pernambucano como artilheiro, marcou muitos gols e ajudou na conquista do bicampeonato do Náutico, em 84 e 85. Até hoje, é o maior artilheiro do Campeonato Pernambucano, com 206 gols.