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Corinthians trabalha para conter euforia no Brasileirão após massacre no Pacaembu

Vitória de 5 a 0 sobre o São Paulo encheu os corintianos de euforia no Brasileirão - Fabio Braga/Folhapress
Vitória de 5 a 0 sobre o São Paulo encheu os corintianos de euforia no Brasileirão Imagem: Fabio Braga/Folhapress

Paula Almeida e Renan Prates

Em São Paulo

27/06/2011 07h00

Uma expressiva goleada por 5 a 0 contra o arquirrival São Paulo no Pacaembu 'criou um problema' no Corinthians, que agora trabalha para tentar conter a euforia criada principalmente pela torcida após o massacre deste domingo.

O primeiro a dar declarações nesta linha foi o presidente do clube, Andrés Sanchez. Ele minimizou o resultado expressivo e aproveitou para reclamar mais uma vez das 'porradas' que tem recebido dos seus críticos.

"Claro que fico feliz, é histórico, mas é um dia que deu tudo certo. Hoje estão todos elogiando, querem tirar foto, mas se perdermos dois jogos, já vem pedrada, crítica. Esse jogo é bom para a estatística, mas o que vale é o campeonato", falou Andrés.

"É uma partida que como falei, a cada 10 ou 15 anos acontece de novo. Mas não adianta nada se depois não for campeão. A alegria é agora, dura algumas horas para muitas de tristeza", complementou.

O triunfo sobre o São Paulo fez o Corinthians chegar a 13 pontos na tabela de classificação do Brasileirão, dois a menos que o líder São Paulo, mas também com uma partida a menos, que faz o clube ter atualmente o melhor aproveitamento do campeonato (87%). Mas o atacante Liedson seguiu a linha do presidente e recomendou cautela.

"A torcida, a imprensa, pode falar essas coisas. Mas nós jogadores conversamos que falta muita coisa ainda. Temos um bom caminho, a equipe está se ajeitando, o que cria uma esperança para o futuro".

O único que admitiu estar eufórico com o resultado foi o técnico Tite. Mas ainda assim, o comandante do Corinthians confessou trabalhar internamente para conter a sua felicidade, ainda mais para não parecer um sinal de desrespeito ao São Paulo.

"Não vou dormir direito. Estou contente, segurando para não abrir sorriso demais para não ser encarado como desrespeito. Vou ficar dois dias com o jogo passando na cabeça, o que falei. Me conheço. Não vou dormir", admitiu o técnico após o jogo.