Tite volta a criticar má pontaria e diz que Libertadores não justifica fiasco no Brasileiro
Visivelmente chateado após mais um fracasso do Corinthians no Campeonato Brasileiro, Tite descartou a desculpa, frequente entre os treinadores, de que o foco da equipe está na Copa Libertadores. O empate por 1 a 1 com o Figueirense, na noite desta quinta-feira, no Pacaembu, irritou o técnico gaúcho, que culpou a falta de pontaria no ataque para matar o jogo, diante de um adversário com um jogador a menos.
“Precisamos traduzir em gols, jogar mais e ser efetivos. Libertadores é uma história, essa é outra. Quero deixar bem claro, não estamos satisfeitos. Não tem isso de ‘ah, estamos focados’...”, declarou o comandante corintiano.
Apesar de ser o semifinalista da Copa Libertadores, o Timão iniciou o Brasileiro de forma pífia. Os reservas estrearam com uma derrota em casa para o Fluminense, enquanto os titulares perderam para o Atlético-MG fora e empataram com o Figueirense em casa. A equipe soma apenas um ponto e ocupa a 18ª colocação.
Nesta quinta, os 23 mil torcedores que compareceram ao estádio municipal faziam a festa com a vitória parcial por 1 a 0, gol de Danilo. O cenário ficou mais favorável aos 17 min do segundo tempo, quando Anderson Conceição, zagueiro do Figueirense, acabou expulso. O problema é que o Timão não soube ampliar a vantagem e levou o empate aos 33 min, gol de Caio.
“Tem que traduzir em gols o que faz em 80 minutos, senão a bola vai lá e pune”, ponderou. Segundo o Datafolha, o Corinthians finalizou 16 vezes a gol, sendo 10 para fora. O Figueira arrematou apenas cinco, sendo duas no gol, e uma entrou.
“Futebol tem essa característica. Você cria cinco, seis, sete oportunidades, e o adversário vai lá e cria uma. O jogo em nenhum momento falou que o Figueirense levava vantagem pelo alto, pela direita ou esquerdo. Aí, bum! A bola foi cruzada na área e saiu gol”, acrescentou Tite.
Esse discurso do treinador tem sido frequente na temporada, já que o sistema ofensivo é o ponto fraco do time de Parque São Jorge. Durante os 10 dias de treinamento, depois do revés por 1 a 0 para o Galo, a comissão técnica repetiu trabalhos de finalização com os atacantes, porém sem resultado na partida.
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