Torcida do Fla 'ignora' Ronaldinho e usa estádio lotado para fazer campanha política
Apesar da expectativa por protestos e manifestações da torcida do Flamengo contra Ronaldinho Gaúcho antes da partida desta quarta-feira, um cenário de tranquilidade tomou conta dos arredores do Engenhão antes do confronto entre o time da Gávea e o Atlético-MG. Os rubro-negros "ignoraram" o reencontro com o ex-camisa 10 e utilizaram o grande público nas ruas próximas ao estádio para realizarem campanhas políticas para dirigentes e figuras do clube.
Placas e galhardetes de Patricia Amorim, atual presidente, Marcos Braz, ex-vice de futebol, e Andrade, técnico campeão brasileiro em 2009, disputavam as atenções das pessoas que circulavam pelo local. Os três concorrem a uma vaga na câmara de vereadores do Rio de Janeiro na eleição do próximo dia 7 de outubro e "brigam" pelos votos da torcida rubro-negra.
RUBRO-NEGROS EM AÇÃO NO ENGENHÃO
Andrade (D), técnico campeão brasileiro em 2009, tira foto com eleitor em campanha no Engenhão
Marcos Braz (E), ex-vice de futebol, acena ao lado de uma das mulheres de sua campanha política
"A torcida do Flamengo é a base de nossas campanhas. Temos que aproveitar este momento dos rubro-negros reunidos para intensificar o nosso movimento. Temos que deixar de lado essa coisa de Ronaldinho e pensar em coisas mais sérias. Conversamos com torcedores, ficamos ainda mais próximos e passamos uma credibilidade", disse o ex-dirigente Marcos Braz, que ainda aproveitou para provocar Patricia Amorim.
"Eu e Andrade somos queridos pela nação rubro-negra e podemos fazer essa 'corpo a corpo' aqui na rua. A Patricia não pode nem pensar nisso. A rejeição é muito grande, principalmente pelas besteiras que ela tem feito na administração do Flamengo. Não temos nada a perder. Estamos tentando pegar os votos das pessoas insatisfeitas", avaliou, comprovando que o cenário político interno do rubro-negro pode ser decisivo para as eleições municipais.
E enquanto conversavam com os políticos, os torcedores deixavam de lado as provocações a Ronaldinho. Temendo punições da Justiça e represálias da Polícia Militar, os rubro-negros evitavam as manifestações.
"Lemos e ouvimos muita coisa nestes últimos dias sobre Polícia, STJD, e preferimos ficar mais tranquilos. A preocupação agora é torcer para o Flamengo. A única manifestação será o apitaço dentro do estádio fazendo a festa na arquibancada", disse um dos torcedores que organizava os protestos ao longo da semana e preferiu apenas distribuir apitos na noite desta quarta.
E a tranquilidade foi mantida durante a chegada do ônibus do Atlético-MG com Ronaldinho. O veículo que transportava a delegação atleticana se deslocou sem problemas nos arredores do Engenhão, mesmo com uma grande quantidade de torcedores do Flamengo.
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