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Invasão de hotel, boneco da sorte e guerra por Barcos: os detalhes da excursão do Palmeiras

Assunção desembarcou de última hora em Salvador para ajudar o Palmeiras na luta contra queda - Danilo Lavieri/UOL
Assunção desembarcou de última hora em Salvador para ajudar o Palmeiras na luta contra queda Imagem: Danilo Lavieri/UOL

Danilo Lavieri

Do UOL, em Salvador (BA)

18/10/2012 11h00

Em meio à crise que deu uma aliviada na noite de quarta-feira, o Palmeiras fez uma excursão de seis dias no nordeste do país. As viagens por Recife e Salvador tiveram direito a vários detalhes curiosos acompanhados de perto pela reportagem do UOL Esporte.

Logo que chegou a Recife, o time foi direto ao hotel e se concentrou para a partida de domingo, diante do Náutico. Horas antes do jogo, cerca de 25 torcedores invadiram o local na hora do almoço para tentarem intimidar os atletas. Por sorte, apenas Gilson Kleina e César Sampaio circulavam no saguão e o protesto ficou apenas na conversa e no pedido de raça por parte dos organizados que vieram de São Paulo.

Nos Aflitos, o Náutico não esteve nem aí para o mau momento do adversário e venceu por 1 a 0, aumentando a turbulência palmeirense no Campeonato Brasileiro. Na saída do estádio, esquema de guerra da polícia para evitar que torcedores chegassem perto. Dali em diante, até a saída da capital pernambucana, policiais acompanhariam a estadia do time por ali.

Foi aí que a visita ao palco do último milagre de São Marcos surtiu efeito. Na Ilha do Retiro, onde o ex-goleiro defendeu pênaltis e classificou o time para as quartas de final da Libertadores de 2009.

No campo anexo, o clima era de tranquilidade dos jogadores. Apesar da má fase, eles mostraram que o ambiente do grupo era bom. A todo momento, os jogadores e a comissão técnica exaltavam a confiança que tinham na reação do grupo.

No meio do caminho, por causa da falta de jogadores, até mesmo o assessor de imprensa Marcelo Cazavia precisou completar um treinamento de Gilson Kleina. A torcida mostrou desespero com o rumo do time.

Depois, na terça-feira, sem o vice-presidente Roberto Frizzo, mas com o presidente Arnaldo Tirone, a delegação se dirigiu a Salvador. Marcos Assunção chegou um pouco antes e, no aeroporto, encontrou um torcedor que pediu até demissão para peregrinar com a equipe. Depois, recebeu o boneco Tinoco de um outro palmeirense que tinha o item como seu amuleto.

E deu certo. No palco que viu o alívio palmeirense em 2011, a equipe venceu por 1 a 0 com gol de Betinho, atacante predestinado, que ficou marcado pelo gol do título da Copa do Brasil, há mais de dois meses. O cruzamento veio de Hernán Barcos, argentinou que chegou em cima da hora para poder completar o elenco após uma maratona de aeroportos e jogos nas Eliminatórias.